A cidade de Rio Claro está com mais um caso suspeito de varíola dos macacos. No total são três notificações da doença denominada de Monkeypox, no município, sendo, um caso confirmado, um caso descartado e este terceiro aguardando resultado do exame.
Na sexta-feira, 29 de julho, a Fundação Municipal de Saúde havia confirmado o primeiro caso. O paciente foi identificado como um jovem adulto, que seguia isolado e passava bem.
A Monkeypox (MPX) é uma doença causada por um vírus parecido com o da varíola humana, transmitido na maioria das vezes pelo contato (“pele com pele”), e em menor frequência por secreções respiratórias muito próximas.
Conforme destacou o setor de saúde, a incubação ocorre em torno de 12 dias, e os casos podem variar desde formas leves (até mesmo sem sintomas evidentes) ou com a presença de quadro clássico: febre, dor de cabeça, dores musculares, linfonodos aumentados (“ínguas”) seguidos por erupções vesiculares/pustulosas na pele, em maior ou menor quantidade. A maioria dos casos tem evolução benigna, com maior risco de gravidade em pessoas com imunodepressão e crianças.
A prevenção também consiste em evitar contato íntimo com pessoas desconhecidas, higiene pessoal e das mãos com frequência. A pessoa sob suspeita deve permanecer em isolamento evitando contato próximo com outras pessoas, compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, roupas de cama e outros por cerca de 21 dias ou até a cicatrização total das lesões.
A Vigilância Epidemiológica de Rio Claro orienta que em caso do aparecimento desses sintomas, a pessoa procure o atendimento médico nas unidades de saúde, que estão cientes de como proceder diante de casos suspeitos.
PIRACICABA
Em Piracicaba a Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica, confirmou na manhã de segunda-feira (8), mais quatro casos de Monkeypox. Os pacientes são homens, com idades de 23, 29 e 35 anos, além de uma criança de um ano, todos sem histórico de viagem ao exterior. Outros dois casos foram confirmados na semana passada, sendo homens, de 38 e 26 anos. Todos os pacientes e os responsáveis pela criança foram notificados e todos seguem em isolamento domiciliar, sob acompanhamento da Vigilância Epidemiológica.
A Pasta reforça que o vírus da Monkeypox faz parte da mesma família da varíola e é importante lembrar que o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. “A transmissão ocorre entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual”, explica o secretário de Saúde, Filemon Silvano.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não existem tratamentos específicos para a infecção pelo Monkeypox, já que os sintomas da doença geralmente desaparecem espontaneamente. O tratamento é sintomático e envolve a prevenção e tratamento de infecções bacterianas sintomáticas. Ainda, de acordo com a OMS, a vacinação contra a varíola demonstrou ajudar a prevenir ou atenuar a varíola causada pelo Monkeypox, com uma eficácia de 85%.
LIMEIRA
A Secretaria de Saúde de Limeira recebeu, na tarde de ontem (9), o resultado do exame do Instituto Adolfo Lutz que confirma um caso de varíola dos macacos (Monkeypox – MPX) em uma pessoa do sexo masculino – o caso havia sido notificado como suspeito na última quinta-feira (4). A pessoa está bem, foi orientada por médico, está em isolamento domiciliar e sendo monitorada pela pasta.
Ainda nessa terça-feira (9), a cidade registrou outros dois outros casos suspeitos da doença – ambos de pessoas do sexo masculino – conforme informou a pasta de saúde, elas estão bem, foram orientadas e estão em isolamento domiciliar, sendo acompanhadas pela Secretaria de Saúde. Os exames foram coletados e encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz.
Por determinação do prefeito Mario Botion, a Secretaria de Saúde mantém o alerta ao surgimento de novos casos e reforça que, tanto a rede pública quanto a privada, seguem orientadas e preparadas para atender casos da doença no município.
Por Janaina Moro / Foto Cynthia S. Goldsmith