Moradores e trabalhadores da região da Praça João Traina, que fica na Avenida Visconde do Rio Claro, com a Avenida 14 e Rua 6, relatam a falta de manutenção de limpeza no local com possíveis criadouros de mosquito da dengue. Recentemente, uma mulher grávida de três meses que trabalha nas proximidades contraiu a doença. “Eu tive enjoo, mal estar no começo da semana, ai chegando final de semana eu tive dor de cabeça, febre, dor no corpo e muita dor nas costas. Depois fiquei com manchas no corpo todo. Fiz o exame e constatou que estava com dengue”, declarou ao Diário do Rio Claro.
Ela acredita que a falta de manutenção no local possa ter influenciado. “Não dá para saber, porém está complicada a situação no local. Muita sujeira e recipientes que podem proliferar o mosquito. Eu temo com certeza”, disse.
A população relata que colchões e cobertores velhos foram deixados no local, além de embalagens de marmitas que acumulam água. “Seria bom que as equipes responsáveis pelo combate à dengue viessem ao local, já vieram no bairro, mas ali não vimos nenhum serviço”, disse um morador.
PREFEITURA
Questionada, prefeitura se posicionou por meio de nota. “Equipes da Secretaria de Saúde monitoram constantemente o espelho d’água da praça, inclusive com a aplicação de pastilhas com produto que impede a proliferação do mosquito da dengue. A prefeitura realiza serviços de limpeza e manutenção nas áreas públicas do município, no entanto, a contribuição da comunidade no descarte correto de resíduos é fundamental para que o trabalho seja efetivo”, respondeu.
NÚMEROS
Rio Claro tem 907 casos confirmados de dengue em 2020. A informação foi divulgada na sexta-feira (5) pelo setor de Vigilância Epidemiológica do município.
“O poder público vem realizando ações preventivas em toda a cidade e a colaboração da comunidade é fundamental para que o município tenha resultado positivo no combate à dengue”, destaca Maurício Monteiro, secretário de Saúde.
Entre as ações estão nebulizações, visitas casa a casa e vistorias em pontos estratégicos e imóveis especiais. O trabalho é feito por equipes do Centro de Controle de Zoonoses, que percorrem os bairros e orientam a comunidade sobre a importância de se eliminar os criadouros do Aedes aegypti, que, além da dengue, transmite zika vírus, chikungunya e febre amarela.
“Cada um deve fazer a sua parte e cuidar para que não haja água acumulada em recipientes, já que o mosquito se reproduz nestes locais”, observa Diego Reis, responsável pelo CCZ, acrescentando que a grande maioria dos criadouros do mosquito tem sido encontrada nos imóveis habitados.
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