Boletim divulgado nesta quinta-feira (13) pela Vigilância Epidemiológica de Rio Claro aponta 437 casos de dengue neste ano, com um óbito. Esse número representa um crescimento de 32,42% em relação ao boletim anterior divulgado na sexta-feira (10) que apontou o registro de 330 infecções. Em 15 dias, a cidade registrou 216 casos da doença, mais de 50% do total, saltando de 221 para 437.
O trabalho preventivo é feito continuamente pela Fundação Municipal de Saúde, o que inclui visitas domiciliares e nebulização. As equipes da prefeitura realizam ações nos bairros para remover entulho e outros materiais que possam servir de criadouros. A comunidade também precisa fazer a sua parte, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água e descartando corretamente os materiais.
O repelente deve ser usado por todos, principalmente por quem está com dengue, para que essas pessoas não passem o vírus para outras.
Outras medidas também devem ser adotadas para evitar a picada do mosquito transmissor, como o uso de telas, mosquiteiros, inseticidas liberados para uso doméstico e vestimentas que não exponham a pele.
Situação de emergência
O prefeito Gustavo decretou situação de emergência em saúde pública em Rio Claro, em razão da epidemia de dengue. O município tem 437 casos da doença neste ano. O documento, publicado na edição de quarta-feira (12) do Diário Oficial do município, autoriza medidas mais intensas e prevê ações para o enfrentamento da situação.
“Estamos tomando as providências que o momento exige, visando o bom atendimento e a saúde da população”, observa o prefeito Gustavo.
Com o decreto, aplica-se a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços destinados ao enfrentamento da situação de emergência em saúde pública. Também fica autorizado o ingresso forçado em imóveis públicos ou particulares vagos, desabitados ou abandonados, bem como em imóveis habitados nos casos em que houver recusa em permitir o acesso de agente público.
O município atingiu incidência média superior a 150 casos notificados de dengue por 100.000 habitantes, caracterizando um estado de epidemia estabelecida, segundo os parâmetros do Ministério da Saúde, com a circulação simultânea de diversos tipos de sorotipos do vírus da dengue na cidade.
“O município intensificou ações preventivas à dengue e se preparou para o aumento no número de casos, no entanto, é fundamental que a população também faça a sua parte”, destaca o médico Marco Aurélio Mestrinel, presidente da Fundação Municipal de Saúde. O ideal é que toda a comunidade esteja em alerta permanente, mantendo quintais sempre limpos e dando destinação correta a qualquer tipo de item que possa acumular água.
Foto: Divulgação/Prefeitura de RC