No último domingo (29), uma equipe técnica do Instituto Memória Ferroviária (IMF) de Rio Claro acompanhou toda a operação de movimentação e transporte das duas locomotivas GE V8 de numeração 6378 e 6383 e dos três veículos ferroviários (carros de passageiros) da TUE da Série 1100, de São Paulo até a cidade de Campinas para compor o acervo de material rodante do Museu Ferroviário de Rio Claro. Parceria do IMF e Prefeitura.
Estas locomotivas V8 foram fabricadas nos Estados Unidos no final da década de 1950 e adquiridas num total de 37, sendo 22 para a Companhia Paulista de Estradas de Ferro e 15 pela Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Estas duas locomotivas V8 que virão pra Rio Claro, estavam inativas há mais de 20 anos no Pátio da Luz, em São Paulo, e foram doadas pelo DNIT. Os três veículos ferroviários da Série 1100, doados pela CPTM, foram fabricados pela Budd/Mafersa sendo os primeiros carros de aço de inox elétrico que chegaram ao Brasil em 1958, pelo Porto de Santos. No início, operaram na Estrada de Ferro Santos a Jundiaí e, depois, foram para o transporte metropolitano de São Paulo e, nos últimos tempos, estavam a serviço da CPTM, quando em 2018 saíram de operação.
Segundo Marco Antônio Muniz, presidente do IMF, tanto as locomotivas V8, quanto os carros da Série 1100, são materiais rodantes históricos e de grande e significativo valor cultural. “Quando chegarem à Rio Claro, deverão ficar na linha ‘reta’ da estação ferroviária do centro para visitação pública e pesquisa. Deverão passar por um processo de restauro, já os carros da série 1100, deverão compor um futuro trem turístico urbano na cidade”, revela Muniz.
“O Instituto Memória Ferroviária agradece imensamente ao DNIT e a CPTM pela doação; a importante parceria da Prefeitura, RUMO, ABPF; o apoio da Câmara Municipal de Rio Claro, MRS, Loja Matteco, 99 Geo Tecnologia e a Solutec; também o trabalho de voluntários de diversas cidades. Um agradecimento especial a toda a imprensa”, conclui o presidente do IMF.
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