Foi sepultado na tarde de ontem (27), no Cemitério Municipal São João Batista, o corpo do premiado coreógrafo, figurinista e carnavalesco Carlos Eduardo Colabone.
Na cidade, o rio-clarense começou a destacar-se na década de 70 por suas peças teatrais desenvolvidas junto a grupos estudantis dos quais fazia parte.
Morando fora há mais de 20 anos, ele levou seu competente trabalho a grandes cidades, como São José dos Campos e São Paulo, nesta última onde faleceu terça-feira, aos 60 anos. A causa da morte não foi divulgada pela família.
Em sua trajetória artística, Colabone trabalhou no Teatro de Arena e no Grupo Tapa, entre outras companhias. Foi parceiro profissional de diretores como Fauzi Arap, Francisco Medeiros, Eduardo Tolentino de Araújo, Fernando Peixoto e Roberto Mallet, entre outros. Era formado em Artes Plásticas pela Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e figura sempre presente nas estreias teatrais.
Entre seus trabalhos para teatro, destacam-se: “Risco e Paixão” (1988), “A História Acabou” (1991); “Vestido de Noiva” (1994), de Nelson Rodrigues, que lhe rendeu o Prêmio Molière de Melhor Cenografia; “Corpo a Corpo” (1995), de Oduvaldo Vianna Filho; “Maria Quitéria” (1997); “Don Juan Tenório” (1997), de Molière (prêmios de Melhor Figurino no XIV Festival – São José dos Campos, Melhor Figurino e Melhor Cenário no XXIII Festival de Pindamonhangaba), e “Teresinha” (1998), estes dois últimos com direção de Roberto Mallet.
Colabone ainda foi jurado dos prêmios Shell e Aplauso Brasil, ambos dedicados às artes cênicas, e realizou trabalhos cenográficos para shows de artistas como Belchior, Regina Machado e Zezé Motta; além de figurinos para espetáculos de dança.
Atuou também como carnavalesco para as agremiações da Capital Rosas de Ouro, Águia de Ouro e X-9 Paulistana.
Nas redes sociais, foram inúmeras as manifestações de pesar pelo falecimento do grande artista.
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