O levantamento foi feito pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon. Os dados apontam que a maior parte das cidades do Brasil com melhores condições de vida para idosos estão localizadas no Estado de São Paulo.
Em Rio Claro, 30% da população é idosa e no Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), o município aparece em 60ª entre as melhores cidades para se envelhecer no país, no ranking geral de 876 cidades mais populosas do Brasil que foram consideradas para o estudo.
De acordo com o IBGE, o número de idosos maiores de 60 anos deve chegar a 25% da população brasileira até 2060. Ou seja, uma a cada quatro pessoas no país será idosa. Atualmente, 13% da população no Brasil tem mais de 60 anos. Em São Paulo, estima-se que em 2030 haverá mais idosos do que crianças até 14 anos. Já em 2050, a previsão é que haverá o dobro de idosos em comparação com o número de crianças.
O IDL considera dimensões como cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e cultura, além de indicadores gerais de desemprego, expectativa de vida e violência.
Mil cidades mais populosas do país foram selecionadas e separadas em dois grupos, sendo as 300 maiores e as 700 menores. Depois o número para análise caiu para 876 sendo 280 maiores e 596 menores. Para os dois grupos foi elaborado um ranking e nos dois casos, cidades paulistas aparecem nas dez primeiras posições.
São Caetano do Sul e Santos aparecem no topo da lista, entre as maiores cidades, a cidade de São Paulo ocupa a quarta posição, Atibaia, a oitava, Catanduva em nona, e Americana, na décima. O ranking conta ainda com Porto Alegre (RS) na terceira posição, Florianópolis (SC), na quinta, Niterói (RJ), na sexta, e Rio de Janeiro (RJ), na sétima.
A lista com os municípios menores também concentra nove cidades paulistas, sendo elas, Adamantina, Vinhedo, Lins, São João da Boa Vista, Itapira, Tupã, Fernandópolis, Votuporanga e Dracena. Em 10ª posição ficou a cidade de Esteio, no Rio Grande do Sul.
O diretor executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, Henrique Noya lembra que o envelhecimento populacional é uma realidade no país e defende que o tema esteja presente nas eleições municipais deste ano. “É muito importante levar essa questão da mudança demográfica para todos os palanques. Na verdade, a gente vive em cidades e não no país. O núcleo principal da nossa vida é a cidade em que a gente vive”, afirma ele. “Uma cidade que está preparada para oferecer qualidade de vida a uma população com mais idade, está muito preparada para oferecer isso a qualquer idade.”
Foto: Gunnar Koelle