O prefeito Gustavo determinou a montagem de um gabinete de gestão de crise exclusivo para o enfrentamento da estiagem histórica que está deixando parte do município sem água tratada em várias horas do dia. Esta estiagem é considerada uma das piores dos últimos 90 anos.
Na manhã desta quarta-feira (16), representantes de secretarias municipais, do Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto), da Defesa Civil, do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Aspacer (Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento) se reuniram no gabinete do prefeito para discutir medidas a serem adotadas em curto, médio e longo prazos. Uma das metas do gabinete de crise é ampliar o esclarecimento e orientação à comunidade sobre a crítica situação, que afeta todos os setores, incluindo comércio e indústria.
Além do incômodo com as altas temperaturas e de incêndios em matas, registrados nas últimas semanas, o município de Rio Claro sofre agora com a falta de água no Ribeirão Claro, responsável por 40% do abastecimento de água tratada à população.
Os bairros atendidos pela estação de tratamento de água localizada no bairro Cidade Cidade, a ETA 1, estão sob rodízio no recebimento de água tratada, pois, sem água suficiente para captar no Ribeirão, a ETA 1 está sendo deslizada várias vezes ao dia. A partir de sexta-feira (18), o rodízio será de 12 horas com a estação em funcionamento e outras 12 horas (das 6 às 18 horas) desligada.
Se continuar sem chuva, o município terá de adotar outras medidas para economizar água e possibilitar que todos tenham pelo menos um pouco de água nas torneiras. No final da manhã desta quarta-feira, a régua que indica o nível de água no Ribeirão Claro estava marcando -41 cm. Com -30 cm, a condição técnica já não é favorável para o tratamento da água. Na época de estiagem o normal é a régua marcar zero cm.
Números da Defesa Civil indicam que no período de abril a 15 de outubro, no ano passado choveu 429% a mais do que no mesmo período deste ano.
Na semana passada, a prefeitura e Daae publicaram dois decretos: um que estabelece multa para quem for flagrado desperdiçando água e outro que declara situação de escassez hídrica no município. A prefeitura está intensificando a fiscalização para identificar quem está lavando calçada e carros ou molhando jardim.
Foto: Divulgação/Prefeitura de RC