Neste domingo, dia 9 de julho, a Revolução Constitucionalista de 1932 completa 91 anos. A Revolução de 32 foi o movimento armado ocorrido no estado de São Paulo, entre julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e a convocar uma Assembleia Nacional Constituinte. Vargas havia assumido o governo por meio de golpe de estado através da Revolução de 1930, derrubando o então presidente Washington Luís e impedindo a posse de seu sucessor.
Eram cerca de 35 mil soldados do lado constitucionalista contra 100 mil varguistas. Em menos três meses de luta, sem o apoio dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul que não aderiram ao levante, São Paulo foi massacrado pelo governo federal. A revolução foi encerrada no dia 1º de outubro de 1932 com a rendição dos paulistas e um saldo oficial de 934 mortos (embora estimativas não oficiais reportem até 2.200 mortos). Mesmo tendo perdido a guerra, os revolucionários de 1932 acabaram por pressionar o governo federal a elaborar uma constituinte no ano seguinte, fato que resultou na redação da Constituição de 1934.
Desde 5 de março de 1997, o dia de 9 de julho é feriado estadual em São Paulo. Assim, os paulistas têm o feriado cívico para refrescar a lembrança da Revolução Constitucionalista de 32. O município de Rio Claro sempre realiza ato cívico em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932 e em memória aos soldados que lutaram na batalha, e neste ano não será diferente. O evento será realizado neste domingo (9), às 9 horas, na Praça 21 Irmãos Amigos, localizada na Rua 19 com Avenida 7, no Jardim Claret.
O ato cívico contará com a presença de autoridades civis e militares, Tiro de Guerra, Polícia Militar, Guarda Mirim, Guarda Municipal e outras instituições rio-clarenses. O evento é aberto ao público e a população pode participar.
Rio Claro na revolução
Rio Claro não foi fronte de guerra na Revolução de 32, mas participou com 483 voluntários, além de oferecer ajuda financeira e outros de apoio, como a confecção de fardas para os soldados. De acordo com o historiador e jornalista, José Roberto Santana, “o município de Rio Claro não foi fronte de guerra na Revolução Paulista de 1932. A cidade desenvolveu função estratégica pela construção de um dos trens blindados utilizados em combate”, construído nas oficinas da Cia Paulista.
Conforme o historiador militar, coronel PM Luiz Eduardo Pesce de Arruda, “a cidade de Rio Claro teve participação ativa no movimento, cabendo destacar o funcionamento de município de uma das ‘Casas do Soldado’, locais preparados especialmente para que os combatentes se alimentassem e se higienizassem e retornassem para a batalha”.
Cinco rio-clarenses perderam a vida na chamada guerra paulista. Três deles têm seus nomes imortalizados na estátua criado pelo escultor Wilmo Rosada instalada na entrada do Cemitério Municipal São João Batista. São eles: Othoniel Marques Teixeira, Benedicto Carlos Brunini e Domingos Mazzulo. O monumento ao “Soldado Rio-Clarense” foi inaugurado em 9 de julho de 1935 na Praça da Liberdade e posteriormente transferido para o cemitério.
Por Redação DRC