O colecionismo é a prática que as pessoas têm de guardar objetos e itens de seu interesse. Em todo o mundo, milhões de colecionadores organizam as mais diversas coleções de objetos, que vão de discos, moedas, livros, selos etc. Para o rio-clarense Paulino Longo de Mello, de 44 anos, a paixão é por chaveiros que ele coleciona desde a infância. Hoje, sua coleção tem mais de seis mil peças de 108 países diferentes, e não para de crescer.
O gerente comercial se tornou colecionador aos 9 anos de idade por acaso em 1989. Seu tio viajava muito ministrando palestras e cursos e, em um de suas viagens, trouxe para ele e outros sobrinhos chaveiros de presentes de empresas nas quais ele realizou atividades.
“Guardei os três chaveiros que ganhei, fui adquirindo mais e peguei gosto pela coisa. Hoje, os chaveiros que eu tenho são de cidades, países, propaganda, política, Copa do Mundo, Olimpíada, personagens de desenho animado. Minha coleção é diversa”, relata. De acordo com ele, os chaveiros são adquiridos de várias formas: compra, troca, presente.
“Eu compro, participo de grupos tanto no Brasil quanto fora do país para troca, e também participo de leilões”, explica Mello. “Também ganho chaveiros de pessoas que tinham coleção e querem se desfazer, e acreditam que comigo os chaveiros ficarão bem guardados”, acrescenta.
Isso sem contar os presentes que recebe de familiares, amigos e colegas de trabalho. “Hoje, quando tem uma festa ou um aniversário me dão chaveiro de presente. Então ganho muito chaveiro. As pessoas vão viajar e trazem um chaveiro pra mim, e assim minha coleção vai crescendo”.
Ele conta que a coleção ganhou fôlego maior no auge da pandemia de Covid-19 em 2021. Ele e a esposa contraíram a doença e tiveram que ficar isolados, e foi nesse período que ele criou sua página no Instagram (@mundo_dos_chaveiros) e partir da rede social sua coleção cresceu ainda mais. Aos poucos, ele está postando todos os chaveiros. “Diariamente posto aproximadamente 10 chaveiros, ainda falta muito para todos estarem no Instagram”, relata.
E haja espaço físico para guardar tantos itens em casa. A coleção de Paulino Mello tem mais de seis mil chaveiros, de 108 países e 442 municípios brasileiros. Em termos de estados do Brasil, ele tem representante de 26 faltando apenas um para atingir a totalidade. “Só falta o estado de Roraima, de todos os demais tenho ao menos um chaveiro”, comenta.
Entre tantos chaveiros diversos, ele lembra com carinho do primeiro, que deu início a tudo isso, além do item mais antigo da coleção. “O meu primeiro chaveiro foi de uma empresa, da Coca Cola. O chaveiro mais antigo que eu tenho é de 1944, de um pneu de veículo, de um lado tem um símbolo do Santos e do outro lado tem um símbolo da Chevrolet”, informa. Esse chaveiro antigo ele ganhou de presente do pai, Paulino Candido, de quem herdou a paixão por colecionar. Seu Paulino tem uma pequena coleção com dezenas e bonés.
A coleção de Paulino é toda catalogada para facilitar a identificação e controle. “Controlo minha coleção com uma planilha excel, lá estão quase todos, separados por cidades, estados, países, Copa do Mundo, política etc”, informa.
A cada item novo, a planilha é atualizada. De lá dos dados são transferidos para a página no Instagram. Cada foto de chaveiro postada recebe legenda com informações sobre o local de origem da peça e sua história. Para Paulino Mello, a coleção de chaveiros, mais que um hobby, é um passatempo que lhe ajuda a eliminar o estresse do dia a dia.
Por Ednéia Silva / Foto: Arquivo Pessoal