O pequeno João Lucca de apenas 6 anos já havia pedido há algum tempo que gostaria de conhecer um museu, até então impossível em Rio Claro, visto que o da cidade estava de portas fechadas, assim ficou por muitos anos após ser destruído por um incêndio. Mas na última semana, o menino muito curioso e atento registrou seu nome no caderno de visitação e faz parte das mais de 500 pessoas que passaram pelo local recentemente. A mostra que mais lhe chamou sua atenção foi sobre os povos indígenas. Atento, passeou por todas as exposições escolhidas para a reabertura.
O prédio ficou fechado por 10 anos, após ser atingido pelas chamas, fato que marcou a história do município. Na madrugada de 21 de junho de 2010, o fogo destruiu o prédio e algumas peças do acervo, após um bom tempo de portas fechadas e de obras para restaurar o imóvel, agora a população pode visitar novamente, conhecer ou recordar fatos históricos.
Logo na entrada o visitante se depara com o grande homenageado e uma figura importante para a Cidade Azul, o Cabo Maior dos Paulistas na Guerra com os Emboabas Amador Bueno da Veiga, que deu nome ao Museu de Rio Claro. Na sequência é possível conhecer ou recordar fatos históricos, a partir das mostras e exposições.
Um dos exemplos é a mostra “Uma Breve história do audiovisual e Música de Rio Claro” que traz uma narrativa do passado com peças como televisores, rádios, vitrolas, fitas cassetes e muitos outros objetos, além de destacar artistas da cidade. O local atualmente conta com nove exposições entre elas “História de Rio Claro”, “Movimento Constitucionalista de 32”, “Memória Ferroviária”, “Povos indígenas” – Cultura e Costumes, “Herança da Cultura Africana no Brasil” (parceria com acervo pessoal do Pai André), “A casa mais que morada” (uma parceria com o Arquivo Público Municipal), mais uma sala de vídeo onde conta a história do Museu e “Aniversário do 37º Batalhão de Polícia Militar do Interior”, esta que faz parte das comemorações dos 32 anos do do 37º BPM/I com um rico acervo de peças e fardamentos que contam a história da Polícia Militar, como quepes, coldres, fardamentos, breves, cinturões, capacetes, algemas e acompanhar um pouco da evolução da Instituição.
Duas das mostras são fixas no momento sendo a História de Rio Claro e Memória Ferroviária.
De acordo com a prefeitura e Secretaria de Cultura, para a escolha das mostras nesse primeiro momento de abertura, foram pensados temas diversos e atrativos para atrair e reconectar a população com a história do município, de seu passado e despertar a curiosidade sobre temas tradicionais, mas sob uma nova ótica.
Visitação:
O Museu Histórico Amador Bueno da Veiga fica na Avenida 2, n. 572 – Centro. A visitação pode ser feita de 3ª a 6ª feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h, com entrada franca. Neste feriado, 7 de setembro o local não estará aberto.
Reabertura
Desde sua reabertura ao público em 29 de junho até a última quinta-feira (2) o Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga registrou 515 visitas. Como destaca a prefeitura o museu em si já é um importante patrimônio arquitetônico e cultural. A edificação, datada do século 19, foi reconstruída após destruição decorrente de incêndio em 2010. Com a restauração, ganhou nova concepção de uso, com salas de exposições físicas e itinerantes, teatro de arena e estrutura para apresentações artísticas.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação