Rio Claro registrou 48% e 53% de taxa de isolamento no último sábado (27) e domingo (28), primeiros dias da fase mais restritiva de decreto municipal publicado no último dia 26 de março. Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) do Governo de São Paulo. A central de inteligência analisa os dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social.
De acordo com os números, foi a primeira vez em nove meses que o município chegou a registrar mais de 50% de taxa de isolamento, a última vez tinha sido em maio do ano passado. No comparativo com o fim de semana anterior, quando vigoravam as determinações da fase vermelha do Plano SP, o município havia registrado índices de 43% e 49%, no sábado (20) e no domingo (21), respectivamente. Os números apontam um aumento de cerca de 5% no isolamento. Em dias da semana, a taxa variou entre 35% e 39%, nos últimos meses.
Anteriormente, Rio Claro registrou índices superiores a 50% em apenas 41 dias, dos 395 avaliados pelo sistema. Vale destacar que a cidade atingiu índice de 62% nos dias 10 e 19 de abril do ano passado, próximos a data em que o município registrou a primeira morte confirmada pela doença.
COMO FUNCIONA O ESTUDO
Segundo as prestadoras de serviços de telecomunicação, o índice de isolamento é baseado na localização obtida pelas antenas de celulares (Estações Rádio Base – ERBs), as quais “marcam” uma referência para o lugar onde o celular “dormiu” entre as 22h00 e 2h00. Durante o dia, um celular que tenha se afastado desta referência (que é variável mas, para dar uma ideia, chega a aproximadamente 200 metros na cidade de São Paulo), é considerado fora do isolamento. Todo este processamento é feito pela operadora. O índice é atualizado diariamente, sempre mostrando os valores referentes ao do dia anterior. Este espaço de tempo das informações ocorre em função do trabalho das operadoras para agregar e anonimizar os dados, antes da geração dos índices que são repassados ao SIMI-SP, em respeito à privacidade de cada usuário.
Por Vivian Guilherme / Foto: Arquivo Público Municipal