No último dia 7 de julho, o Diário do Rio Claro noticiou que a empresa Tubos e Conexões Tigre estaria submetendo-se a uma reestruturação interna e que, na unidade de Rio Claro, 15 colaboradores da empresa seriam desligados.A notícia alertou o Sindicato dos Químicos de Rio Claro e uma reunião foi realizada na manhã da última quarta-feira (25), onde a pauta principal foi a Reestruturação Administrativa em que a empresa está trabalhando. Além dessa pauta, ainda foi discutida a Terceirização e Relacionamento Sindical, de acordo com informações enviadas pelo Sindicato dos Químicos.
Durante a reunião, os sindicalistas expuseram as suas preocupações em razão da redução de postos de trabalho, considerando adequações de impacto na Tigre a partir da entrada em vigor da Reforma Trabalhista.
A resposta da empresa não fugiu em nada àquilo que o Diário do Rio Claro publicou no dia 7 de julho. A Dra Adriana Macuco Costa, gerente de Gestão e Relações Trabalhistas, pelo Corporativo da Tigre, manifestou que: “a reestruturação tem objetivo de assegurar a viabilidade de negócios da empresa, adequações mediante a crise econômica no país. A estruturação atinge prioritariamente setores administrativos, inclusive com algumas terceirizações”.
O presidente do Sindicato dos Químicos, Francisco Quintino expôs a importância da manutenção do diálogo entre sindicato e empresa.
“Estamos à disposição para entendimentos que viabilizem os negócios da Tigre, com postos de trabalho, empregabilidade, manutenção de renda e benefícios aos trabalhadores, fortalecimento das atividades sindicais”. Ficou entendido entre as partes a continuidade da conversação e resolução de demandas trabalhistas pendentes.
RELEMBRANDO O CASO
Em 7 de Julho a empresa emitiu um comunicado onde expunha o planejamento da empresa para se adaptar aos novos tempos da economia nacional.
Confira na sequência, a íntegra do comunicado da empresa: “Acompanhando a tendência mundial, a Tigre vem investindo fortemente em tecnologia e automação de processos nas fábricas para alcançar cada vez mais eficiência e produtividade, mesmo diante de um cenário econômico desafiador.
A economia brasileira ainda mostra tímida melhora dos indicadores, e o setor de Construção Civil, que representa a maior parte dos nossos clientes, é um dos que mais têm demorado para se recuperar.
Nesse contexto, duas medidas importantes foram tomadas para garantir a sustentabilidade da empresa: 1) Revisão da sua estrutura administrativa, identificando oportunidades de adequação do quadro e despesas administrativas, alinhada às atuais necessidades do negócio; 2) Terceirização de seu Centro de Serviços Compartilhados (CSC) que, a partir de agosto de 2018, passará a ser operado por uma empresa parceira, com a qual a Tigre já está em conversas avançadas.
A implementação desta nova estrutura voltada para “serviços” envolve a contratação de colaboradores da Tigre pela terceira e desligamentos nas áreas administrativas das operações no Brasil e das Unidades Internacionais até o primeiro semestre de 2019.
Além dos direitos previstos por lei, como rescisão contratual, férias remuneradas, 13º salário, FGTS e horas extras, a Tigre assegura que os colaboradores desligados contarão com o suporte do Núcleo de Apoio ao Profissional (NAP) para recolocação no mercado de trabalho.
O NAP, criado pela empresa em parceria com a consultoria Lee Hecht Harrison – (LHH), terá sede em Joinville e funcionará como um programa de apoio à transição de carreira. Oferecerá, por meio de palestras, workshops, reuniões individuais e material disponibilizado online, dicas para estruturação de currículos, treinamentos e qualificações, recomendações sobre finanças pessoais e indicações de novas oportunidades de trabalho.
O Grupo Tigre informa que 15 colaboradores serão desligados na unidade de Rio Claro entre os meses de julho e outubro e que não tem previsão para outros desligamentos”.