A Câmara Municipal, atendendo solicitação do vereador Sivaldo Faísca (União Brasi), realizou reunião no último dia 16 no plenário com o secretário municipal de Obras, Valdir Oliveira Junior. Na pauta, os danos estruturais nas galerias de águas pluviais do Cervezão.
Sivaldo Faísca, na abertura dos trabalhos, explicou que o convite foi motivado pela cobrança diária que o Legislativo recebe de mais de 60 mil pessoas que residem naquela região. “Os munícipes acompanharam as máquinas trabalhando no local. Agora, não tem mais ninguém no local e eles sequer receberam uma explicação do ocorrido”, comentou o vereador.
O presidente José Pereira salientou que a BRK também recebeu convite, mas enviou ofício informando que não seria possível participar da reunião. “Esta empresa tem responsabilidades com o nosso município. Ao deixar de enviar um representante, em um momento tão crítico como este, ela desrespeita esta Casa de Leis”, disse Pereira.
As palavras do presidente da Câmara foram endossadas pelo vereador Serginho Carnevale que também registrou a ausência de representantes do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) na reunião.
O secretário Valdir Oliveira Junior explicou que a referida galeria foi construída há 40 anos, ou seja, em 1983 pela Paviobras por meio do Projeto Cura. Disse que após duas inundações naquela região a Prefeitura colocou equipamento, um robô, dentro da tubulação de águas pluviais para verificar o que estava ocorrendo.
“Foi constatado que o material que estava entrando na rede de água pluvial era esgoto seguindo para o Córrego Olinda”, afirmou o secretário. Escavadeiras da BRK tentaram localizar a tubulação da rede de esgoto sem obter sucesso. “Essas escavadeiras atingiram a nossa rede de água pluvial”, pontou Valdir.
Com as escavações abriu-se buraco de cerca de 40 metros. “Para que o escoamento deste material pudesse acontecer abrimos uma valeta sentido Córrego Olinda”, detalhou Valdir.
Indagado sobre providências e prazos, para que o dano seja reparado, o secretário de Obras estima que o serviço para recompor as galerias vai consumir R$ 50 milhões dos cofres públicos. Adiantou que nesta sexta-feira, 17/3, a secretaria vai entregar relatório para a Defesa Civil para que a obra seja incluída no Decreto Emergencial da Prefeitura. “Estimo que esta obra vai demorar um ano para ser concluída”, disse o secretário ao citar todas as etapas do serviço de recuperação das galerias.
Com relação a rede de esgoto, Valdir Oliveira Junior informa que caberá à empresa BRK implantar uma nova para restabelecer o sistema no local.
Participaram da reunião, além do presidente José Pereira dos Santos, os vereadores Sivaldo Faísca (União Brasil), Serginho Carnevale (União Brasil), Julinho Lopes (Progressistas), Adriano La Torre (Progressistas), Carol Gomes (Cidadania), Hernani Leonhardt (MDB). Os demais parlamentares foram representados por assessores. O advogado José Bonifácio Machion Segundo, que assessora a Secretaria de Obras, acompanhou o titular da pasta.
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