Antes de abordarmos o título desse comentário, há de se ressaltar nesta oportunidade os momentos desoladores pelos quais o Brasil passou e uma boa parte do mundo com o fechamento do comércio não essencial em decorrência do avanço da doença da Covid-19.
É certo que, quando tínhamos a impressão de que as portas do comércio iriam se abrir na sua totalidade, eis que, de repente, não houve outra alternativa senão a sequência desse fechamento por parte das resoluções das autoridades governamentais por tempo indeterminado.
Os números de mortes e infectados tomaram dimensão em face da contaminação do vírus do coronavírus, além de outras situações que completaram com a escassez de medicamentos hospitalares, a crise se tornou devastadora, razão pela qual havia leitos disponíveis, mas sem a existência de medicamentos.
Tivemos o decreto do governo paulista a partir do dia 18 do mês em curso pelas autoridades competentes do Estado de São Paulo, que foi a reabertura do comércio, liberação das missas e dos cultos religiosos, porém, em consonância com a limitação de 25% da sua capacidade dos complexos comerciais e religiosos, um feito que se constituiu num ponto positivo, mas que deixa a desejar por parte dos empresários e dirigentes religiosos.
Além dessa liberação, o governo paulistano também confirmou a reabertura a partir do dia 24 p.p. do setor de serviços, incluindo restaurantes e salões de beleza no mesmo horário de funcionamento do comércio, além das academias, que poderão funcionar das 7 às 11h. e das 15 às 19h., abrindo um leque de atividades necessárias e que faz parte do cotidiano daqueles que têm o hábito de frequentá-las.
De acordo com o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM-SP), essa etapa de flexibilização será chamada de “fase de transição”. Referida fase é para que possamos dar passos seguros adiante sem o risco de retrocedermos a uma situação indesejável e de preocupação, não só às autoridades sanitárias como também ao próprio governo do Estado.
Mesmo com esse expediente de reabertura do comércio, a economia sofreu os impactos desse momento crítico com demissões de funcionários e fechamento de empresas, algumas de grande porte que, em decorrência de adesão às medidas de restrições do seu funcionamento, não houve outra alternativa senão a paralisação das suas atividades em várias partes do país.
É evidente que a partir de agora a situação se apresenta mais otimista, mas não o suficiente para reposição dos prejuízos sofridos pelo comércio durante todo esse tempo em que não houve a mínima possibilidade de ressarcimento das perdas, porque irá demandar algum tempo para o restabelecimento das atividades comerciais duramente penalizadas em face dessas resoluções governamentais.
Porém, infelizmente, expectativa e otimismo têm suas limitações, tanto é que o comércio da capital paulista, embora ansioso pelo funcionamento, os empresários e comerciantes mantém receio de novas restrições, além do que reclamam de critérios adotados pelo governo de João Dória, um fato que causa insegurança ao comércio estabelecido de uma forma geral.
A mesmo situação se estende às cidades do interior paulista e nem poderia ser diferente, quando gera certeza de que possam ter êxito, o martelo bate com novas restrições e, mesmo com a diminuição do número de óbitos, as funerárias não vencem a confecção de caixões para realização dos sepultamentos.
Enfim, não se pode perder o ânimo e a coragem de enfrentar o que vem pela frente, com votos de que novos tempos sejam vitoriosos a todos.