O Vice-Governador Rodrigo Garcia anunciou nessa sexta-feira (16) a atualização do Plano São Paulo, com início da fase de transição para todo Estado até o dia 2 de maio. Nas últimas semanas, os indicadores da saúde apresentaram uma redução progressiva, com queda nas internações e diminuição da ocupação hospitalar, o que permitiu o avanço para retomada gradativa e consciente das atividades não essenciais.
As medidas mais rígidas de restrição da fase vermelha, o avanço na vacinação e a expansão de leitos hospitalares resultaram em decréscimo de 1,4% ao dia em novas internações e de 0,8% ao dia em UTIs para pacientes moderados e graves com coronavírus, segundo divulgado pelo Governo do Estado.
“A fase de transição é necessária para que possamos dar passos seguros adiante sem o risco de retroceder. O apoio da população nesse novo momento da pandemia continua sendo fundamental. Não é hora de baixarmos a guarda”, afirmou o Vice-Governador e Secretário de Governo Rodrigo Garcia.
COMO FICA
A nova fase inicia no próximo domingo (18) e está dividida em dois períodos. Na primeira semana, de 18 a 23 de abril, a flexibilização acontecerá para o setor do comércio, incluindo lojas de shopping, com funcionamento permitido das 11h às 19h. Nesse período, também será permitida a realização de cerimônias e cultos religiosos com restrições, desde que seguidos rigorosamente todos os protocolos de higiene e distanciamento social.
No período de 24 a 30 de abril, além dos estabelecimentos comerciais, poderão voltar a funcionar as atividades ligadas ao setor de serviços como restaurantes e similares (lanchonetes, casas de sucos, bares com função de restaurante), salões de beleza e barbearias, atividades culturais, parques, clubes e academias. O horário de funcionamento será das 11h às 19h, com exceção das academias, que poderão abrir das 7h às 11h e das 15h às 19h.
A fim de evitar aglomerações, a capacidade de ocupação permitida nos estabelecimentos na fase de transição será de 25%. O toque de recolher continua em vigência em todo o Estado, das 20h às 5h, assim como a orientação para o teletrabalho para as atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horário na entrada e saída das atividades do comércio, serviços e indústrias. A próxima atualização do Plano SP acontecerá a partir do dia 1 de maio.
MUDANÇAS
Mudanças do Plano São Paulo penalizam bares e restaurantes, avalia a Abrasel em Campinas e região. Com 162 dias fechados na pandemia, setor vive grave crise. Com 82% dos bares e restaurantes da região no prejuízo em março – eram 65% em janeiro – 97% sem caixa para pagar salários do mês e 76% que tiveram de demitir no primeiro semestre, a situação vai se agravar ainda mais nos próximos dias com a prorrogação da Fase Vermelha do Plano São Paulo, anunciada nessa sexta-feira (16) pelo governo do Estado. A manutenção da proibição de abertura por mais uma semana e reabertura com horário reduzido a partir do dia 24, aumenta ainda mais as dificuldade do setor com 162 dias fechados desde março do ano passado, avalia a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Campinas e região. Para o presidente da Abrasel em Campinas e Região, Matheus Mason, autorizar a reabertura somente a partir do dia 24 – das 11h às 19h -, é uma medida de baixo impacto para os bares e restaurantes, bastante sacrificados com as medidas restritivas há mais de um ano.
Em relação aos restaurantes, a restrição de capacidade de atendimento em 25% e restrição de horas diárias, com limite de atendimento até às 19h, responde por apenas 20% do faturamento normal pré-pandemia, insuficiente para pagamento das contas. O horário noturno representa 54% do movimento no setor de alimentação fora do lar, com pico de vendas após às 20h. Já para os bares, que são 30% do setor e abrem apenas depois das 17h, a situação é ainda mais dramática. A pesquisa ainda revelou que 88% dos associados estão operando apenas com delivery e retirada, 11% continuam fechados. Estes sistemas de atendimento registraram grande queda neste ano em relação aos primeiros meses da pandemia, em março do ano passado.
Foto: Divulgação