Os trabalhadores do setor químico, com data-base em 1º de novembro, já estão organizando a campanha salarial 2018.
As reuniões com outros sindicatos que negociam conjuntamente e fazem parte da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) já começaram.
“A prioridade para essa campanha é garantir direitos e repor a inflação com um ganho real”, de acordo com o presidente do Sindicato dos Químicos de Rio Claro, Francisco Quintino, que esteve em reunião na capital para elaboração da pré-pauta da Negociação Coletiva dos setores Químicos e Plásticos da FEQUIMFAR e sindicatos filiados à Força Sindical. A inflação no último período subiu muito. A estimativa para a data-base dos químicos é de 4,16%, de acordo com o IBGE.
“O país está em recessão e o desemprego só aumenta, fruto do desgoverno de Temer. Nós sabemos que os patrões irão endurecer na hora de negociar um reajuste na casa de 5% ou mais”, avalia Osvaldo Bezerra, coordenador do Sindicato.
Na opinião do sindicalista, só a mobilização dos trabalhadores pode reverter esse quadro.
“No segundo semestre, grandes categorias estão em negociação. Unindo esforços e ganhando as ruas, podemos virar esse jogo”, avalia Bezerra.
Na reunião em questão foram decididas as seguinte reivindicações:
– Reposição das perdas salariais.
– Aumento real de 2%
– Piso salarial de R$ 1688,50.
– PLR mínimo de dois pisos salariais.
– Custeio sindical aprovado pela assembleia geral.
– Fortalecimento das negociações coletivas, com efetiva participação dos Sindicatos.
– Manutenção e ajustes nas cláusulas sociais.
“Até o dia 25 de setembro, faremos assembleias em todo o estado de SP com a participação do maior número possível de trabalhadores, aprovando essas e outras reivindicações, definindo estratégias para as mobilizações e negociação. Nossa campanha salarial será unitária entre FEQUIMFAR/ Força sindical e Fetiquim – CUT”, explica Quintino.