Principalmente em períodos de estiagem as queimadas urbanas prejudicam muito a população, elas trazem malefícios e são consideradas um crime ambiental.
Moradores das cidades têm a prática comum de atear fogo no lixo, principalmente em terrenos baldios com muito mato, em espaços vazios, em restos de poda ou roçagem. Na fumaça há diversos elementos tóxicos que afetam a saúde humana, partículas menores, finas e ultrafinas percorrem todo o sistema respiratório e transpõem a barreira epitelial, ou seja, o tecido que reveste os órgãos internos. Também o CO monóxido de carbono impede o transporte de oxigênio para as células e tecidos do corpo, pois quando inalado atinge o sangue e se liga à hemoglobina.
Como consequência das queimadas, quem mais sofre com as doenças do sistema respiratório são as crianças e idosos. Entre as inúmeras doenças cita-se: asma e bronquite, irritação nos olhos, nariz e garganta, tosse, falta de ar, vermelhidão e alergia na pele, conjuntivite e distúrbios cardiovasculares.
De acordo com a Lei de Crimes Ambientais nº9605 de 1998 em seu artigo 54, as queimadas são consideradas crime ambiental, esse artigo descreve o crime de poluição, que consiste no ato de causar poluição, colocando em risco a saúde humana e a segurança, a destruição da fauna e flora. Multas são previstas para aqueles que cometem esse crime.
As queimadas são ainda mais graves no outono e no inverno, pois são períodos de muita estiagem e as pontas de cigarros em terrenos baldios e outros locais, podem provocar um incêndio. Muitas pessoas se utilizam do fogo para queima de lixo doméstico, porém com os ventos fortes comuns nesta época do ano, as chamas podem espalhar-se e causar danos ao meio ambiente e às linhas elétricas e telefônica. Além disso o habitat natural de muitos animais é destruído e esses podem vir para as residências, como por exemplo, cobras, escorpiões, aranhas, causando acidentes aos seres humanos.
O problema das queimadas persiste por milhares de anos, é uma questão cultural, apesar de existir uma legislação, muitos produtores rurais com a finalidade de destruir pragas no terreno ou limpar o solo, promovem esse ato. Salientamos que o problema principal das queimadas é o fato de que elas podem exterminar com a biodiversidade, matando animais e plantas e microrganismos insubstituíveis para o equilíbrio ecológico. Também a fuligem e os particulados, além da sujeira, chegam ao perímetro urbano e provocam problemas respiratórios à população.
Conscientizar a população é fundamental, para não jogar lixo, papel, madeiras, sofás, móveis, galhos, folhas, capins etc, em terrenos e ruas e calçadas baldias, pois podem causar um incêndio. Resíduos de árvores, galhos e folhas, podem ser enterrados ou cobertos por terra fertilizando o solo, se essa prática não for possível, procurar o local correto para descarte, no caso de nosso município, os ecopontos.
Um princípio de incêndio não pode ser combatido de qualquer forma, as pessoas que possuem conhecimentos básicos sobre combate a incêndios podem até auxiliar, mas o princípio de incêndio tem que ser combatido por pessoas especializadas e de maneira correta. Acionar o corpo de bombeiros é o mais recomendado.
As queimadas em áreas urbanas podem ser sanadas ou amenizadas com ações preventivas, não só pelo poder público, mas pela população em geral, fazendo sua parte e contribuindo para evitá-la.