A Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias intensificam as ações da campanha de combate a queimadas nas rodovias concedidas durante a Operação Corta-Fogo. O Programa Estadual de Prevenção e Combate às Queimadas é coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA). Desde segunda-feira (19), as cancelas das praças de pedágio dos 11,1 mil km de rodovias paulistas trazem mensagens que visam reforçar a importância de ações preventivas educativas. Os conteúdos mostrados nas peças são:
As ações de conscientização ocorrem de junho a outubro, durante a fase vermelha da campanha por conta do aumento do número de focos de incêndio. Além de deteriorar a vegetação no entorno das vias, os incêndios atrapalham a visão do motorista e podem gerar acidentes. De acordo levantamento da ARTESP, em 2021, foram registradas 8.174 ocorrências de queimadas. De janeiro a agosto de 2022 foram registrados 4.663 incêndios às margens das rodovias concedidas – no mesmo período do ano passado foram 6.338.
Além das mensagens nas cancelas das praças de pedágio, a campanha contempla também a veiculação de orientação sobre o tema nos Painéis de Mensagem Variável (PMVs), distribuição de informativos nas praças de pedágio e postos SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário) e posts nas redes sociais.
“As praças de pedágio são pontos de grande visibilidade, por isso é importante veicular as mensagens educativas nestes locais. As ações visam minimizar os impactos ambientais e acidentes em função dos incêndios que atingem o entorno das rodovias neste período do ano”, afirma Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.
As principais causas de incêndios que atingem a vegetação no entorno da rodovia são:
Pontas de cigarro: em contato com a vegetação seca, as “bitucas” acesas servem de ignição para iniciar um incêndio.
Balões: apesar de soltar balão ser crime ambiental, há aumento desta prática nesta época do ano, que causa danos às áreas verdes e as regiões urbanas.
Queima de lixo, fogueiras ou a utilização de fogo para limpeza de terrenos ou fins agrícolas, de forma não autorizada. Nas faixas de domínio das rodovias, boa parte dos focos é provocada pela própria população vizinha à estrada, principalmente nas áreas mais próximas aos aglomerados urbanos.
Ao se deparar com um incêndio florestal ou queimadas na rodovia, o condutor deve tomar os seguintes cuidados:
Fechar os vidros do veículo;
Trafegar com farol baixo aceso;
Não se aproximar da ocorrência;
Não parar na faixa de rolamento;
Manter distância segura do veículo da frente;
Não ligar o pisca-alerta com o veículo em movimento;
Para que este crime seja combatido, é essencial a participação da população por meio de denúncias, que podem ser feitas pelos telefones 190 (Polícia Militar) ou 181 (Disque-Denúncia).
Em 2010, o estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa, dentre outras ações, diminuir os focos de incêndio no estado e estimular o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo. Esse sistema, chamado de Operação Corta-Fogo, é composto por diversos órgãos e desenvolve uma série de atividades de forma permanente, de acordo com as necessidades e priorizações que cada período exige, dentro de um cronograma ao longo do ano. Elas são as chamadas fases verde, amarela e vermelha:
Verde: janeiro a março / novembro e dezembro – No início do ano são definidas as medidas de prevenção e preparação. No final do ano é realizada a avaliação da temporada.
Amarela: abril e maio – Foco nas ações preventivas e preparação para enfrentar os incêndios florestais, com treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência.
Vermelha: junho a outubro – Ações efetivas de combate ao fogo e fiscalização preventiva, além da intensificação das estratégias de comunicação e campanhas de prevenção.
Fazem parte da operação os seguintes órgãos estaduais: Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil (CEPDEC); Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e Cetesb. O sistema é coordenado pela SIMA, por intermédio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB), além de eventuais parcerias com as prefeituras municipais.
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