Nesta época do ano, a maioria das casas de quem professa religiões cristãs, ou pelo menos costuma celebrar o Natal, costuma ostentar algum tipo de decoração temática.
Uma árvore, um presépio, uma guirlanda… luzes, essa é a aposta mais comum da maioria das famílias. Porém, com Sílvia Maria Reducino, 69 anos, moradora de Cordeirópolis, a situação é bem diferente. E muito mais ousada: ela expõe, com extremo capricho, todos os anos, uma coleção de quase 600 Papais Noeis.
Já na sala de estar de sua casa, é possível entrar no clima natalino. Além de uma belíssima árvore, Sílvia organizou, como em anos anteriores, muitas peças que representam o Bom Velhinho, em diferentes estilos, tamanhos, poses, etc. Um espetáculo para os olhos e, para quem acredita na magia do Natal.
De muito longe
Papai Noel não é bem um personagem ‘brasileiro’, como muitos sabem. Suas origens remontam aos séculos III e IV d.C, na Turquia, onde viveu São Nicolau, o arcebispo da Mira, canonizado depois da morte.
Tradições nórdicas, germânicas e até influências holandesas foram incrementando a lenda. Os holandeses, que fundaram em 1625 um povoado chamado Nova Amsterdam, onde hoje é a ilha de Manhatan, em Nova Iorque, levaram a tradição para a América do Norte.
Chamado na época de Santa Claus, o personagem foi incorporado já no século 20 em campanhas publicitárias da Coca-Cola e, assim, ganhou boa parte do mundo.
A moradora de Cordeirópolis não dá importância a esse caráter histórico, embora sua vasta coleção de Papais Noeis seja formada por peças que vieram de vários países.
Há bonecos que vieram da Espanha, dos Estados Unidos, da Holanda. E entre os nacionais, há peças que foram trazidas para ela de Gramado, Nova Petrópolis e Canela, todas no Rio Grande do Sul, e também há unidades que vieram da região, de cidades como Piracicaba, Limeira, Rio Claro, e até mesmo adquiridas em Cordeirópolis.
Os Papais Noeis podem ser vistos em vários espaços da casa, e também em diversas caracterizações e situações. Tocando sinos, dançando, subindo escadas, tocando instrumentos musicais, e, até mesmo, descansando, como se estivesse em férias.
A tradição que começou há mais de 15 anos, é mantida com carinho por Sílvia, que espera repassá-la à neta Manuela e ao neto Miguel. “Eles são os mais entusiasmados com isso tudo”, relata, afirmando que sente satisfação por receber, inclusive, visitas de conterrâneos e até de pessoas de outras cidades, para visitar seu acervo.
“Minha casa está aberta a visitas, sim, com cuidado e organização, quero que as pessoas possam ver a coleção que fiz com tanto carinho”, afirma. O endereço de Sílvia é Rua Glomercidio Della Coletta, 1536, Jardim Florença, em Cordeirópolis.
Fotos: Diário do Rio Claro