O mais sensato a fazer com uma sacola de papel ou de plástico é guardar as duas e usá-las novamente por muitas vezes.
Inventadas na Suécia, pelo engenheiro Stean Gustaf Thulin no começo dos anos 60 e vistas por toda a parte e usadas para diversos fins, distribuídas de graça e descartadas sem dó e nem piedade, as sacolinhas plásticas, um saco com buracos que formam alças, leves, resistentes e baratas, encontradas hoje em dia principalmente nos supermercados tem sua história e levaram uns dez anos para tomar lugar das sacolas de papel. O que vem chamando a atenção é que são usadas à vontade, fabricadas em sua maioria com material difícil de degradar, um problema de proporções gigantescas, pois os sacos plásticos representam hoje mais de 10% de tudo que se joga fora. Muitos pensam em deixar de usá-lo e voltar ao papel, mas sabemos que a solução não é essa.
Nosso país está entre os dez maiores produtores de papel do mundo, sendo que 100% dele vem de áreas de reflorestamento que são cultivadas com a finalidade de se tornarem papel. Nas serrarias os troncos das árvores derrubadas passam secando por três anos, depois sua casca é cortada em pedacinhos e cozidos em alta pressão.
Para se transformar em polpa a madeira cozida é misturada a cal e ácido sulfúrico, depois é lavada, branqueada e prensada na forma de papel. Na sua fabricação os produtos químicos empregados provocam chuva ácida e poluem o ar e a água e para voltar ao estado de polpa o papel requer o uso extensivo de produtos químicos. Enterrado em lixões o papel não se decompõe totalmente em sua maior parte, é considerado biodegradável, mas para isso necessita de água, luz e oxigênio.
Para fabricação de papel se gasta quatro vezes mais energia do que na fabricação de plástico, e as sacolas de papel poluem 70 vezes mais o ar e 50 vezes mais a água.Com relação ao plástico, nosso país produz anualmente mais de 15 bilhões de sacolas plásticas sendo que 4 bilhões delas mundialmente vão para o lixo todo ano. Poderíamos dar mais de 63 vezes a volta a terra com as sacolas amarradas. Na forma de pastilhas de resina, o plástico feito de polietileno sai da refinaria, após a 340 graus uma máquina aquece as pastilhas e retira dela um tubo longo e fino de plástico; são cortados em seções iguais uma barra aquecida que marca linhas paralelas, após as alças são recortadas e as seções são separadas.
Os plásticos são considerados em sua produção os que utilizam as substâncias com resíduos mais danosos. Precisa ser antes remoldado e reformatado antes de ser reciclado e isso demanda tempo e dinheiro. Os plásticos em sua grande maioria não são biodegradáveis, mas ocupam menos espaços nos lixões, 2000 sacolas plásticas pesam 15 quilos; já as de papel na mesma quantidade pesam 130 quilos. Um quilo de plástico é reciclado gastando 98% menos energia do que para reciclar um quilo de papel.
Concluímos então que o melhor mesmo é reutilizar as sacolas sejam estas de plástico ou de papel, estaremos contribuindo da mesma forma com o meio ambiente e com o futuro do planeta.
