O modelo utilizado pelos criminosos é o mesmo já praticado em vários outros ataques a agências bancárias. E segundo as investigações que estão a cargo da Polícia Federal, a suspeita é que os criminosos estejam envolvidos em outros crimes da região. Entre eles, o registrado em Rio Claro na madrugada do dia 27 de junho do ano passado, com explosões em duas agências bancárias.
A ação durou 50 minutos e foi toda registrada por câmeras de segurança do município. “Sim, acreditamos que seja o mesmo grupo, se não todos os integrantes, mas uma boa parte está vinculada a essas outras ações. Em razão do modo de ação, o jeito que esse grupo atua, a quantidade de integrantes, o alvo específico, que é a caixa de penhores da Caixa Econômica Federal, então tudo isso leva a crer que seja o mesmo grupo agindo”, esclareceu ao Diário do Rio Claro o Delegado da Polícia Federal e responsável pela prestação das informações, Florisvaldo Neves.
Em Limeira, a quadrilha praticou o mesmo método utilizado em ataques, como em Rio Claro. Em média, 30 homens atuaram na ação em uma agência da Caixa Econômica Federal durante a madrugada de ontem (2), por volta das 4 horas.
Os indivíduos chegaram em aproximadamente 11 veículos e utilizaram até um ônibus para fazer o bloqueio da Rua Senador Vergueiro, onde fica o banco. Na ação, efetuaram vários disparos e alguns comparsas ficaram próximos da Companhia da Polícia Militar e da delegacia com o objetivo de evitar que policiais se aproximassem.
Bombas foram jogadas para explodir o cofre. A agência ficou com ambientes destruídos. Os bandidos tinham como alvo o cofre de penhores. O Gate foi acionado para verificar se ficaram explosivos no local.
Investigações
De acordo com a Polícia Federal, um dos acusados do crime registrado em Piracicaba foi preso no ano passado. E outro foi indiciado, condenado e já cumpre pena. “Os trabalhos estão em andamento, mas é um grupo muito grande. Há um núcleo de pessoas que atua nesses crimes e os componentes que vão à linha de frente praticar a ação são substituídos de acordo com a necessidade”, disse o Delegado da PF, Florisvaldo Neves.
SSP
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a região de Campinas não registrou nenhum roubo a banco entre janeiro e junho deste ano. Houve cinco casos em 2018 e 15 no ano de 2017.
Já a região de Piracicaba, que inclui as cidades de Rio Claro e Limeira, foram cinco roubo a bancos no ano passado e 11 em 2017.
Nos últimos três anos, mais da metade das cidades do estado de São Paulo já foi alvo de criminosos que agiram em agências bancárias. De acordo com a SSP, de 2015 até fevereiro de 2018, 336 municípios de São Paulo tiveram ações dos bandidos em bancos.
Em Rio Claro, por exemplo, no mesmo período foram 19 ataques a caixas eletrônicos e bancos. Número maior que em Piracicaba que, durante os mesmos anos, somou 14 casos.