As festas de final de ano aproximam famílias e fazem com que parentes que não se veem há um pouco tempo consigam se encontrar para comemorar o Natal e o Réveillon, porém, esse período também é marcado por discussões polêmicas e brigas entre pessoas com opiniões muito diferentes. Para especialistas, reconhecer que seu familiar é outro indivíduo e que quaisquer relações humanas implicam em tensões é necessário para manter a harmonia em confraternizações.
Para a coordenadora do curso de Psicologia da Anhanguera, professora Carina de Souza Fonseca, o ideal é apostar no diálogo sem tentar convencer o outro de pontos de vista pessoais. “Muitas vezes, tentamos impor o que pensamos por acreditar que não estão nos entendendo e é nesse momento que podemos perder a compostura e iniciar um desentendimento”, afirma a psicóloga.
A docente aborda o processo da comunicação não-violenta para momentos como as reuniões natalinas. A técnica consiste em um roteiro que segue quatro etapas: na primeira, o indivíduo deve observar o que acontece em determinada situação sem julgamentos de valores, e, em seguida, é preciso analisar os próprios sentimentos. “Devemos entender o que a ocasião nos desperta, nomear essa sensação, se é medo, mágoa ou raiva, por exemplo, e falar o que sentimos”, explica Carina.
O terceiro passo é expor suas necessidades para que conflitos não aconteçam novamente e, por fim, apresentar as suas demandas. “É importante que os familiares entrem em acordo e um entenda o pedido do outro para evitar brigas no futuro. Peça o que for preciso de uma forma positiva e direta e evite frases abstratas e confusas”, pontua a docente.
A coordenadora defende, também, que se as técnicas não funcionarem, é importante avaliar a necessidade de estar em família em festas de final de ano. “Não somos obrigados a fazer algo que não estamos dispostos. Quando não conseguimos manter conexão com certas pessoas, mesmo que sejam parentes, devemos respeitar nossos limites para garantir o bem-estar”, finaliza.
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