O prazo para que os vereadores trocassem de partido, a chamada janela partidária, terminou na sexta-feira (5). De acordo com a legislação eleitoral, somente podem trocar de partido sem perder o cargo os candidatos eleitos em pleitos proporcionais e que estão no último ano do mandato. Em 2024, apenas os mandatos de vereador estão prestes a terminar e, por isso, a norma vale somente para esse cargo político.
O troca-troca de legenda mudou a configuração da Câmara Municipal de Rio Claro. O PSD, partido do prefeito Gustavo Perissinotto, passou a ter a maior bancada do Legislativo com seis parlamentares. Em seguida vem o PL com quatro, Progressistas (PP) com três, Republicanos e MDB com dois, e Podemos e União Brasil com um cada.
O PSD, que tinha três vereadores – José Pereira dos Santos (presidente da Câmara), Diego Gonzalez e Thiago Yamamoto – dobrou o número de cadeiras com a filiação de Serginho Carnevale (ex-União Brasil), Vagner Baungartner (ex-União Brasil) e Alessandro Almeida (ex-Podemos).
O PL ganhou três novos integrantes e se tornou a segunda maior bancada do Legislativo Municipal. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tinha apenas Luciano Bonsucesso, agora conta com Moisés Marques (ex-PP), Val Demarchi (ex-União Brasil) e Sivaldo Faísca (ex-União Brasil).
Paulo Guedes saiu do PSDB e se filiou ao PP que agora conta com três vereadores, pois já tinha Adriano La Torre e Julinho Lopes. O Republicanos, do vereador Irander Augusto, também cresceu com a filiação de Rafael Andreeta que estava sem partido.
O MDB manteve as duas cadeiras de Geraldo Voluntário e Hernani Leonhardt. O Podemos perdeu Alessandro Almeida para o PSD, mas conseguiu a filiação de Carol Gomes que era do Cidadania.
Porém, o maior encolhimento ocorreu com o União Brasil que tinha a maior bancada na Câmara com quatro cadeiras, e agora conta com apenas um vereador: Rodrigo Guedes, irmão do vice-prefeito Rogério Guedes. Em contrapartida, o PSDB desapareceu com a saída de Paulo Guedes para o PP. A sigla ficou sem cadeira no Legislativo.
Agradecimentos
Agradecimentos e boas-vindas foram oferecidos na sessão da Câmara Municipal da última segunda-feira (8). O vereador Rafael Andreeta lembrou que começou na vereança pelo PTB de onde foi expulso. Ficou um tempo sem partido e agora se filiou ao Republicanos.
“Agradeço a todos os membros da executiva do Republicanos, minha nova casa, pela acolhida, e me coloco à disposição do partido”, disse o parlamentar destacando que nunca teve problemas com o prefeito, apenas faz sua obrigação sendo a favor do que está certo e contra o que está errado.
Paulo Guedes também agradeceu: “tenho um sentimento de gratidão pela acolhida do PP ao meu nome para que eu pudesse compor esse importante grupo político do município”.
Da mesma forma, Serginho Carnevale agradeceu o tempo em que ficou no União Brasil e a acolhida que recebeu no PSD. O parlamentar informou que a mudança de partido não mudará sua conduta. “Continuarei sendo do jeito que sou, não é porque estou no partido do prefeito que vou dizer amém a tudo”, afirmou.
Rodrigo Guedes, presidente do União Brasil, agradeceu aos ex-companheiros de bancada Serginho, Val e Sivaldo. “Estivemos juntos na mesma bancada. Agora, o União Brasil tomou um caminho diferente e ficou somente com um integrante, mas com futuras alianças vamos construir um novo projeto para Rio Claro”.
Val Demarchi também agradeceu sem tempo no União Brasil e falou sobre a filiação ao PL. “Um dos motivos dessa escolha é porque o PL é hoje o principal contraponto à esquerda. É um partido de direita, conservador, que tem valores como família, religião, liberdade e estado democrático de direito. Portanto foi uma escolhia muito consciente”, destacou.
Por Ednéia Silva / Foto: Reprodução/Site Câmara