A servidora pública Edilaine Felipe Pereira até vai presentear o papai, mas já deixou claro que neste ano pretende ficar na lembrancinha. “Em outros anos, sempre dei presentes mais caros, como kits de perfumes. Neste, não vai dar, vou surpreender, porém, com algo mais em conta”, disse.
Para a assistente de loja Anatalia Augusto da Silva, a data não pode passar em branco, então vai comprar algo para as filhas presentearem o pai, desde que não muito caro. “Vou comprar, sim, pretendo gastar em torno de 50 reais. Acredito que dá para comprar algo legal, sim, como uma camiseta”, relatou.
Ela afirma que o importante é não deixar passar em branco. Presentes com alto valor ou lembrancinhas, não importa. O fato é que mais uma data comemorativa traz expectativas para aumentar as vendas. “Para tentar diferenciar, estamos investindo em algumas propagandas com panfletos e mídias sociais, porém, sempre focando em produtos mais baratos”, comentou Reginaldo Bortolin, da Monely Calçados.
O comerciante avalia que outra aposta positiva é o horário. “Acreditamos que o horário mais estendido, como na sexta, das 9 às 22 horas, e no sábado, das 9 às 18 horas, possa estimular as vendas”, avaliou Reginaldo.
De acordo com a estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada nessa terça-feira (6), a data deve movimentar R$ 5,6 bilhões, o que equivale a 7,5% de todo faturamento no mês de agosto.
Se confirmada, seria a terceira alta consecutiva registrada em Dia dos Pais. Em 2018, as vendas subiram 4,1%. Em 2017, 3,6%. “O movimento ainda está bem devagar, com certeza as pessoas ainda deixam para última hora e tudo indica que a data será marcada por lembrancinhas, girando em torno de R$ 30,00 a R$ 100,00”, observou o comerciante Reginaldo Bortolin.
Hipermercados e supermercados devem concentrar 40,4% do total de vendas relativas às compras do Dia dos Pais, registrando movimento de R$ 2,1 bilhões. O comércio de artigos de uso pessoal e doméstico também espera alta de 15,6% das vendas, enquanto os ramos de vestuário e calçados estimam incremento de 12,9% no período.
O Dia dos Pais, celebrado no próximo domingo (11), de acordo com a projeção da CNC, deve impulsionar ainda as vendas de televisores, calçados esportivos e bebidas alcoólicas – produtos que tiveram preços reduzidos em relação aos praticados no ano anterior. Por outro lado, livros, entradas para o cinema e aparelhos telefônicos estão mais caros este ano.