O Projeto Aldeias Infantis atua no Brasil há 50 anos em serviços da proteção integral humanitária e na perspectiva do acolhimento de crianças e adolescentes que sofreram alguma violação de direitos com a família. Os acolhidos são encaminhados pelo Conselho Tutelar através de determinação Judicial.
Em Rio Claro são seis casas lares, cada uma com capacidade para atender até 10 acolhidos. “Quando recebemos um acolhimento, verificamos em casa lar a criança será encaminhada. Vada casa lar tem uma equipe de duas cuidadoras e uma dupla psicossocial que atende e é responsável por todo desenvolvimento deles como saúde, alimentação e educação”, explicou a Assistente Social Alessandra Fortes Correa.
As equipes ressaltam que o objetivo da Aldeias é trabalhar com fortalecimento de vínculos para que as crianças retornem para família de origem. “Esgotada as possibilidade de retornarem para as famílias, trabalhamos com a família extensa que são avós, tios, primos, até terceiros que são vizinhos, padrinhos de batismo, porque já possuem afetividade e afinidade.
“Esgotadas as possibilidade de retornarem para as famílias, trabalhamos com a família extensa, que são avós, tios, primos, até terceiros que são vizinhos, padrinhos de batismo, porque já possuem afetividade e afinidade. Esgotadas as possibilidades, aí vai se pensar numa adoção”, disse Alessandra.
De acordo com os profissionais a maioria das crianças acolhidas está em processo de fortalecimento, visando a reintegração com a própria família ou a extensa. “Em 2013 houve um reordenamento do serviço de acolhimento no município e a Aldeias infantis SOS Brasil começou a atuar em Rio Claro. Neste modelo de acolhimento, os grupos de irmãos, por exemplo ficam juntos.
O acolhido vive uma vida de convívio com a sociedade. Tem os seu espaço dentro da casa, vai ao shopping, shows, igreja, passeios, ou seja, ele está inserido na comunidade”, observou o Coordenador da Aldeias Infantil em Rio Claro Lucas José Rodrigues.
O atendimento é psicossocial e segundo os especialistas as famílias não apresentam resistência. “São famílias que também tiveram seus direitos violados.
Dentro do trabalho psicológico, as equipes destacam que o atendimento é feito principalmente com o objetivo de ouvir o acolhido. “Fazemos o trabalho no sentindo de escuta-la e entender como está todo o processo de acolhimento. Vamos trabalhando a história passada para ela se reorganizar”, salientou a psicóloga Ana Carolina Dias.
O foco da Aldeias em Rio Claro é ampliar os serviços oferecidos visando o fortalecimento das famílias para prevenir que os acolhimentos não aconteçam. “Aldeias trabalha numa outra perspectiva, existe um leque de serviço que pode prestar para sociedade. E entendemos que o fortalecimento é muito mais em conta financeiramente falando e causa um impacto muito maior. Se tivéssemos recursos para o fortalecimento no município conseguiríamos atuar em uma área mais abrangente e com impacto maior nas comunidades do que propriamente o serviço de acolhimento. Neste caso os profissionais iriam até ás comunidades realizando trabalhos e oficinas. Temos programas como o Casa de oportunidades e Escola de Pais”, explicou o coordenador.
RECURSOS
Para se manter a Aldeias conta com convênios nas esferas municipal, estadual e federal, além de doações e campanhas que visam arcar com outros gastos como medicamentos e lazer para os acolhidos.
BINGO
Uma das ações acontece no dia 8 de junho. Um bingo que será realizado na sede do grupo Adote às 14 horas. As adesões ao preço de R$15 e podem ser adquiridas na sede da Aldeias que fica na Avenida 40, 537. Telefone – 3523 3978 – 3524 8168.
Desde 2013 foram realizados 218 atendimentos no Serviço de Acolhimento
102 acolhidos foram reintegrados com a família de origem e família extensa (algum familiar)
39 foram inseridos em famílias substitutas mediante Adoção
27 foram desacolhidos devido à maioridade;
Atualmente 50 crianças e adolescentes estão acolhidos; com 34 colaboradores