♪♪ Pipoca meu bem, pipoca. Tem pro paulista, e também pro carioca. ♪♪ Pois é, mas não tem para o velista, tampouco para o rio-clarista. Não a do Seo Braz, conhecido pipoqueiro da Cidade Azul. Um vídeo disponibilizado nas Redes Sociais sugeria que o senhor de 87 anos estaria impedido de comercializar as suas saborosas pipocas dentro dos campos dos dois clubes do município, o Benito Agnelo Castellano e o Dr. Augusto Schmidt Filho.
Há tempos que a equipe do Diário Esportes já havia sentido a falta do comerciante em ambos os quadriláteros, pois nos intervalos dos embates sua pipoca, com cheiro inconfundível e quantidade exata de sal, sempre foi uma ótima pedida antes do reinício dos compromissos tanto do Rubro-Verde, quanto do Azulão.
Nos bastidores, rolava uma conversa de que a Federação Paulista de Futebol [FPF] o havia impedido, entretanto, procurada, a entidade esportiva respondeu em nota que “o comércio nos estádios é de responsabilidade do clube mandante e que o acesso ou a proibição de objetos [como neste caso o carrinho] é de responsabilidade da Polícia Militar”.
Ouvido pelo Maior e Mais Plural Canal Esportivo da Terra de Ulysses Guimarães, o Presidente da AE Velo Clube, Reginaldo Breda, lembrou que existem leis que proíbem uso de gás de cozinha em carrinho de ambulantes, contudo, demonstrou interesse em resolver o problema que chamou a atenção dos rio-clarenses no último fim de semana. “O clube já vende pipoca no bar, mas estamos abertos ao diálogo”.
Da mesma forma, Luiz Balbo, Presidente do Rio Claro FC, esclareceu que, devido o carrinho de pipoca portar um botijão de gás, a Polícia Militar não permite sua entrada por conta das normas de segurança exigidas, porém, revelou que “o pipoqueiro sempre será bem-vindo e pode ficar do lado de fora do estádio, conforme acontece em outros clubes por todo o Brasil, como, por exemplo, no SC Corinthians e na AA Ponte Preta”.
O DE também entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo [SSP-SP] com o intuito de obter informações acerca do assunto e, até o fechamento desta edição, não obteve resposta. Em seguida, a reportagem procurou a PM de Rio Claro que, por sua vez, informou que apenas fiscaliza e que a vistoria é feita pelo Corpo de Bombeiros que, através do Tenente Giovani, explicou que para a emissão do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros [AVCB] não pode haver cilindros P-13 [gás de cozinha] e que o gás tem de vir por Central de GLP, o qual prevê extintores de prevenção de incêndio.
Não obstante, Seo Braz depende ainda de uma mudança na Legislação, pois consta do Estatuto do Torcedor, no Capítulo IV da Lei n° 10.671, de 15 de maio de 2003, no Artigo 13 inciso VII, que durante os confrontos fica expressamente proibido “portar ou utilizar fogos de artifício ou quaisquer outros engenhos pirotécnicos ou produtores de efeitos análogos [ou seja, que produza fogo, faísca ou fumaça]”. A solução, por enquanto, ao que tudo indica, é que Seu Braz estoure as pipocas defronte ao Benitão e ao Schmidtão e entre apenas com o produto para, somente assim, continuar bem servindo as torcidas do Time da Rua 3 e do Time da Rua 9.