Já ouviu falar em CSA?
A Aromaterapeuta Eugênia Serra de Queiroz conhece e aderiu ao programa, que significa “Comunidade que Sustenta a Agricultura”. Em Rio Claro surgiu em 2014 e agora volta a ser intensificado e trabalhado com o objetivo de valorizar o produtor dando um pouco de garantia para a produção e para o cliente que é chamado de cotista. Um dos benefícios é receber produtos totalmente sem agrotóxicos. “Estava buscando algo que facilitasse minhas compras de produtos orgânicos, principalmente. Já conhecia o programa em outras cidades. Aqui, uma amiga me indicou”, conta Eugênia.
Dentro do programa, o agricultor deixa de vender seus produtos para estabelecimentos e outras pessoas que revendem e lucram muito mais em cima e passa a contar com os membros da comunidade para se organizar e financiar uma produção de fins agroecológicos (orgânico, permacultural, biodinâmico), ou seja, mais saudável.
Segundo o Agrônomo e Administrador do CSA de Rio Claro, Fernando Soriano, nenhum produto tem agrotóxico e é comprovado pela Certificação Orgânica concedida ao agricultor. Atualmente uma família de agricultores é quem fornece os produtos toda terça-feira. “As cestas semanais têm entre oito e dez itens alimentares, conforme disponibilidade do agricultor. Estamos também trabalhando para trazer uma cesta dois, composta por laticínios (queijo, leite e iogurte)”, esclarece Soriano.
De acordo com o agrônomo, outro atrativo é que os preços são bem mais em conta do que no mercado. “O cotista não fará parte de um ‘clube de compras’ de produtos orgânicos, mas será um corresponsável pela produção, tendo consciência do que e como o agricultor irá produzir o alimento, se tornando um coprodutor”, afirma Fernando.
“Gosto muito da qualidade dos produtos e já consumia mesmo mais verduras e legumes orgânicos, porém, o valor por semana é muito melhor e mais baixo. Achei muito interessante essa forma de viabilizar não só o consumo, mas a produção mais consciente de produtos ecologicamente corretos”, diz Eugênia.
Nesta semana, Eugênia já retirou a cota com oito tipos de produtos, entre legumes e verduras, e tudo também é aprovado pela filha Valentina Serra de Queiroz, que tem apenas sete anos, e é incentivada pela mãe a consumir os alimentos saudáveis. “Definitivamente, a qualidade é superior. Os orgânicos duram mais e o sabor é muito melhor. As crianças que o digam. Conseguem perceber a diferença de sabor entre a beterraba orgânica e a convencional, por exemplo”, enfatiza Eugênia.
Qualquer pessoa pode aderir ao programa e, segundo o agrônomo, estar mais atento ao que consome e qual sua procedência. “Entre os objetivos está também a eliminação do desperdício de alimento e energia desde a colheita até o consumidor”, destaca Fernando que diz ainda que hoje contam com 15 cotistas. No total, todo mês são retiradas 60 cestas de produtos, entre eles estão tomate, abobrinha, alface, couve, batata, limão, tomate, laranja, cenoura, entre outros. “Escolhemos oito itens conforme a disponibilidade da produção. Estou satisfeita, porque é possível comprar orgânicos por, mais ou menos, R$25 e tudo fresquinho e saudável”, diz a consumidora.
O programa conta com uma página na rede social onde o interessado pode saber mais sobre o assunto e acompanhar o funcionamento (www.facebook.com/csarioclaro).