No Dia Nacional do Profissional de Educação Física, o D’Esportes trocou uma ideia bacana com o Prof. Leandro Cavalaro. Pessoa bastante conhecida e querida no meio esportivo local, relembra com alegria os anos em que defendeu profissionalmente o gol de equipes tradicionais do futebol paulista, mato-grossense e capixaba.
Após encerrar a carreira de goleiro profissional, Leandro Cavalaro, optou por continuar no esporte. Mas entendeu que precisava adquirir conhecimento teórico e por isso foi estudar.
Começou os estudos em nível superior, no ano de 2003, na antiga faculdade ASSER de Rio Claro e concluiu sua última formação em nível superior em 2019. Leandro Cavalaro é formado em Bacharelado em Educação Física, Licenciado em Pedagogia, e Licenciado em Educação Física, também.
Indagado sobre como vê a situação do profissional de Educação Física no Brasil, atualmente, Leandro não vê com bons olhos. Entende que o profissional da Educação Física, no Brasil, está muito desvalorizado, tanto na parte salarial, como em sua atuação nas escolas, sendo que, em algumas delas, faltam materiais para a prática de alguns esportes. A situação é bem precária, mesmo, na sua avaliação, e há dificuldades, inclusive, para se aplicar algumas aulas.
Para o Prof. Leandro, o CREFI (Conselho Regional de Educação Física), com sede em São Paulo e Sub-sede em Campinas, pouco ou nada faz para ajudar o profissional de Educação Física, mas cobra regularmente as anuidades, tendo cobrado inclusive, no período da pandemia. Vale destacar, que, sem o pagamento da anuidade, o profissional de Educação Física não pode exercer a sua profissão.
A conversa prosseguiu de maneira agradável, via whatsapp, e perguntado sobre as perspectivas para um futuro breve, no que diz respeito à profissão de educador físico no Brasil, o Prof. Leandro entende que, infelizmente, não são boas. Uma possibilidade de melhora, no seu entendimento, é a profissionalização do CREFI e a fixação de um teto salarial para o profissional de educação física, a exemplo do que foi feito para a categoria dos enfermeiros e dos técnicos em enfermagem, recentemente.
Para se ter uma ideia da defasagem salarial e desvalorização do profissional de educação física, esclarece o Prof. Leandro, a média da hora/aula que é paga nas academias é de R$13,00 e nos clubes, R$19,00. Isso não corresponde nem de longe à dedicação, esforço e ao conhecimento adquirido de quem estudou em média 6 a 7 anos para exercer a profissão, afirma.
O Prof. Leandro cita uma lei recente, que estabelece que todas as academias, clubes, entre outros estabelecimentos do gênero, são obrigados a registrar o profissional da Educação Física. Então, segundo ele, quem trabalha, por exemplo, 4 6,8 horas, ao dia, tem que estar registrado. Já é um avanço. Mas ainda é insuficiente, para que o profissional de Educação Física no Brasil, seja realmente valorizado e tenha a sua importância reconhecida.
Leandro Cavalaro trabalha atualmente no Projeto Cross Experience de Rio Claro, dá aulas nos núcleos esportivos da Prefeitura local, na modalidade futebol. No SESI, trabalha como professor de futebol para crianças de 6 a 13 anos de idade.
Ele se diz bastante satisfeito e feliz com os projetos com os quais está envolvido atualmente, que lhe permitem colocar em prática todo o seu conhecimento.
Na pessoa do Prof. Leandro Cavalaro, o Diário Esportes homenageia e enaltece todos os profissionais de Educação Física de Rio Claro e do Brasil. E que venham dias melhores para todos eles!
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Divulgação