As questões envolvendo o suicídio e medidas que podem ser utilizadas na prevenção foram abordadas em atividade nesta sexta-feira (23) com profissionais que atuam nas áreas de educação, saúde e desenvolvimento social em Rio Claro.
“Nosso objetivo hoje é fortalecer os equipamentos do município como forma de garantia de cuidados, ampliando o acolhimento e disseminando conhecimento, já que os estigmas que envolvem o suicídio estão também ligados à falta de informação”, destacou Giulia Puttomatti, presidente da Fundação Municipal de Saúde.
A temática do suicídio é complexa, conforme destacou o psiquiatra Ruy Mendes Filho, supervisor clínico do hospital psiquiátrico Itupeva. “O suicídio é consequência de graves problemas pessoais e psicossociais, além de ser relacionado a características determinadas e a transtornos mentais, que sob o prisma clínico, podem ser prevenidos e tratados”, explicou o psiquiatra.
Desde junho deste ano o município tem convênio com o Hospital Psiquiátrico de Itupeva para ampla cooperação entre as partes para avanços na área de saúde mental do município. O principal tópico de estudo são questões relacionadas à prevenção ao suicídio. “Com esta parceria Rio Claro está no caminho certo e se torna pioneira no campo da prevenção ao suicídio”, destaca Helio Michelini Pellaes Neto, diretor institucional do Hospital Psiquiátrico Itupeva, acrescentando que por meio da parceria o Centro de Estudos de Saúde Mental Itupeva (Cesmi) oferece subsídios para pesquisa de políticas públicas que tem tido resultados positivos alcançando maior número de pessoas.
Na atividade desta sexta-feira Lucas Pascoalino, coordenador pedagógico do Cesmi, apresentou o trabalho realizado pelo centro, que inclui cursos, produção de livros e artigos científicos, palestras e campanhas. “Saúde e educação precisam trabalhar juntas”, observou Lucas.
O município conta com serviço psicossocial para atendimento à população. “Nossa rede de atendimento é completa e, sempre que achar necessário, a pessoa deve procurar a unidade de saúde para receber auxílio sobre como lidar com a situação por qual está passando”, orientou Nathalia Rodrigues, que coordena o setor de saúde mental no município, acrescentando que cada profissional deve atuar como multiplicador do conhecimento adquirido de maneira que mais pessoas estejam aptas a ajudar alguém que porventura passe por um momento delicado.
“O diálogo no ambiente familiar e escolar é muito importante”, frisou Josiane Tomasella Bordignon, secretária adjunta de Educação.
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