Em visita ao Centenário, a candidata ao governo estadual pelo PSOL, professora Lisete, falou sobre suas propostas e fez duras críticas ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
De acordo com a postulante, que atua há 50 anos no magistério, foram fechadas 1500 salas de aula somente nos dois últimos anos pelo governo tucano. “O processo da secretaria de educação foi silencioso. De repente, existiam professores sem aulas, especialmente no período noturno”, disse ao lembrar que a nova implantação do ensino médio do atual governo quer transferir a Educação de Jovens e Adultos (Eja) para ensino à distância.
“Vamos retormar as salas de aulas. Nós fizemos experiências, estudos que mostram que a evasão escolar acontece, sobretudo, pelo alto número de alunos por sala de aula. Quanto menor o número de alunos, menor a evasão”, justifica a candidata sobre a necessidade de reaver as salas fechadas.
Aumento de salários para professores também está na pauta. “Diferente de outros candidatos, nós prometemos e vamos fazer”, pontua.
Ela pretende ainda implantar um programa de recuperação da infraestrutura das escolas e criar mecanismos para que as bibliotecas escolares fiquem abertas para a utilização dos alunos. “São Paulo gasta apenas 3,7% do PIB em educação. Está na hora de gastar pelo menos 5%. É claro que nossa meta é 10%, mas 5% já é um começo”, esclarece.
DESONERAÇÕES
Professora Lisete pretende ainda rever as desonerações de impostos dadas a empresas no Estado. “São R$ 23 bilhões em desonerações de empresas. E existem algumas que não justifica este benefício do Estado”, destaca ao lembrar que a Sadia, por exemplo, obteve a desoneração, mesmo devendo ICMS.
A revisão, segundo a postulante, daria margem para que recursos fossem realocados para outros setores.
SAÚDE
Na área da saúde, Lisete afirmou que o Estado precisa reassumir sua tarefa direta. “Hoje, existe o sistema de ‘quarteirização’, termo aplicado pelo Tribunal de Contas, que apontou que para cada Organização Social (OSs) contratada, terceirizam para outras três. Isso influi na qualidade do atendimento e nos números baixos de atendimentos”, relata.
A candidata pretende auditar todas as organizações e, com isso, influir diretamente no atendimento dos usuários.
SEGURANÇA
Por fim, a postulante diz que pretende aumentar o efetivo da Polícia Civil, investir em tecnologia e inteligência e, por fim, aumentar os salários das polícias. “Existe um abandono da Polícia Civil. Todas as delegacias estão funcionamento em horário de repartição pública porque não têm funcionários. Ela foi desmontada. Precisamos de, no mínimo, 12 mil pessoas na Polícia Civil para voltar a funcionar”, finaliza.