A família da vítima chegou a fazer um boletim de ocorrência do desaparecimento da mulher, uma professora de Rio Claro, e divulgou nas redes sociais em busca de notícias.
Porém, na manhã dessa quarta-feira (27), a vítima foi localizada e, então, o desfecho do que teria acontecido. A professora deveria ter chegado para lecionar em uma faculdade por volta das 19 horas e ter voltado para casa após às 22 horas, porém, não foi o que aconteceu. A filha tentava contato com a mãe, mas sem sucesso.
Tomou conhecimento que a mesma teria feito transações bancárias, um saque no valor de R$ 50 em um caixa eletrônico 24 horas, outro no valor de R$ 2.000,00, e um outro de R$ 3.000,00, bem como duas transferências no valor de R$ 3.000,00. Durante o período da manhã, a vítima foi até uma agência bancária para fazer outro procedimento.
Por estar nervosa, levantou suspeita e foi aí que tudo foi detectado. A professora relatou que havia recebido uma ligação em que os bandidos diziam estar com uma de suas filhas que, por sinal, a vítima não conseguiu contato. Os criminosos exigiram que a vítima seguisse todas as ordens, caso contrário, matariam a filha.
A mulher foi obrigada a se hospedar em um hotel, ficar sem comunicação até que os bandidos conseguissem concluir o crime e tirar mais dinheiro da vítima. Somente quando chegou ao banco, em conversa com a gerente, percebeu que foi vítima do golpe.
Casos de golpes são registrados com frequência e as modalidades são diversas. Além do pagamento por falso sequestro, roubo de senhas e comprovantes de depósitos de banco com envelope vazio são alguns dos exemplos.
Os indivíduos se empenham diariamente em busca das vítimas. Infelizmente, os idosos são considerados alvos fáceis pelos bandidos que, em muitas situações, praticam os crimes de dentro das penitenciárias.
E quando a vítima cai no golpe, corre o risco de ainda ser criticada e questionada de como foi possível. A psicóloga Andreza Spiller explica que a pessoa entra num momento de estresse.
“A situação impossibilita as funções racionais. Com isso, a vítima acaba respondendo a partir do medo, que é uma das emoções básicas, instinto de sobrevivência, que paralisa ou faz agir sem pensar”, analisa.