“O prefeito Gustavo está muito chateado. Tentamos de todas as formas reverter essa decisão do MP, tentamos até o último dia, mas foi irredutível. Fomos obrigados a desligar os 400 eventuais”, disse o secretário de Administração Rogério Marchetti, na manhã desse sábado, em entrevista ao Diário do Rio Claro.
“Temos ciência do problema social aí envolvido, com 400 famílias que vão ficar desamparadas nesse momento tão crítico. E não somente isso, temos dez escolas que não poderão abrir por falta de funcionários. É um problema que afeta a todos, temos funcionários da educação, funcionários do setor de segurança”, observou Rogério, contando, ainda, que ele e a secretária de educação tentaram uma reunião com o MP ainda nos últimos dias, porém sem sucesso.
“O que podemos fazer agora é agilizar para a realização de um processo seletivo simplificado. Claro que o ideal seria um concurso público, mas devido à lei 173, o município não pode realizar concursos até o fim do ano. A alternativa é o processo seletivo, com contratação temporária por 12 meses. Vamos respeitar os prazos que rege a lei e fazer tudo conforme os trâmites, para que não tenhamos surpresa, para que não falte um detalhe jurídico que venha a atrasar mais ainda. A nossa previsão é de 80 dias”, explicou.
Rogério diz ainda que a situação dos desligamentos deixa a Prefeitura em uma situação ainda mais delicada. “Já estamos com quase 700 funcionários afastados por conta da Covid, por serem do grupo de risco ou estarem contaminados. Sem os eventuais, a Prefeitura fica inerte, não consegue atender os serviços. Isso com certeza vai colocar nossa capacidade de gestão em xeque. Mas estamos trabalhando para superar as dificuldades”, concluiu.
Por Vivian Guilherme / Foto: Diário do Rio Claro