Com cinco horas e meia de duração, os alunos realizarão 180 questões de múltipla escolha e uma redação de, no máximo, 30 linhas.
No próximo domingo (4), as escolas de todo o Brasil abrirão suas portas para receber os mais de cinco milhões de alunos do país para o primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Os estudantes precisam ficar atentos quanto ao horário da prova, que pode ser confundido devido ao início do horário de verão.
Além disso, é preciso se atentar quanto ao que precisa ser levado e em relação às disciplinas cobradas. No último domingo (28), o Diário coletou importantes dicas de professores do Colégio Puríssimo Coração de Maria. Os portões abrem às 12 horas e fecham às 13 horas, sendo que a prova se inicia às 13h30 com a aplicação das disciplinas de “Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias”, “Ciências Humanas e suas Tecnologias” e uma “Redação”. O término das provas ocorre às 19 horas. Entre os pertences obrigatórios que precisam ser levados estão, uma caneta esferográfica de tinta preta e fabricada em material transparente e o documento oficial de identificação original com foto, como o RG. Além disso, é aconselhável levar água e um lanche.
Dicas dos docentes do Colégio Puríssimo
O professor de inglês do colégio Puríssimo Coração de Maria, Rodrigo Marin, afirma que a disciplina aparece dividida em cinco questões que, normalmente, são formuladas a partir de algum texto, tirinha, notícia, letra de música ou ilustração. “Pode parecer fácil, mas não caia nessa! O foco da prova não são as regras gramaticais, mas sim a capacidade do aluno de interpretar, compreender e raciocinar sobre textos em língua inglesa. Claro que conhecer a gramática é fundamental para compreender os textos. No entanto, o mais importante é ter um amplo vocabulário e extenso conhecimento de mundo”, afirma o professor.
O professor Airton Moreira, de sociologia e filosofia do mesmo colégio, afirma que tais disciplinas costumam ter uma variação nos temas a cada ano. “Na sociologia, o importante é pensar em aspectos culturais, como a formação histórica brasileira, as contribuições indígenas e negras, a diversidade cultural e de grupos sociais. Além disso, dê valor aos movimentos sociais, essenciais para conquistas de direitos ao longo da nossa história, como os trabalhistas, feministas, negros e LGBT.
Na filosofia, apesar da previsão ser mais complicada, podemos afirmar que Descartes, Platão, Kant e Aristóteles são os pensadores que mais aparecem nos últimos anos e merecem a atenção dos estudantes”, alega o especialista. Em relação à língua portuguesa, o professor Ricardo Coruja atenta para o fato do Exame cobrar as influências variadas da nossa língua, como africanas, europeias, indígenas e japonesas.
“Dessa forma, o Enem valoriza cada vez menos as normas cultas gramaticais da língua e foca mais na compreensão dos modismos orais brasileiros”, afirma o docente. Alex Turci, professor da disciplina de História, afirma que a prova exige cada vez mais que o aluno compreenda e não decore.
“Assim, é importante saber interpretar textos, compreender a sucessão dos fatos e saber relacionar fatores do presente com suas causas do passado. Os assaltos que merecem mais atenção este ano são as civilizações americanas antes da colonização europeia, além das revoluções francesa e inglesa”, diz o educador.
Os professores de geografia Renato Ribeiro e Marcelo Maestrelli, dizem que o Enem possui uma divisão clara entre geografia mundial e brasileira. “No primeiro caso, as questões focam em âmbito econômico, como as diferentes dinâmicas e atividades econômicas, os processos de globalização e de geração de energia. Na geografia brasileira, surgem temas como a demografia, a urbanização e a geografia física”, explica o professor.
Sobre a redação, as professoras Andreza Turci e Ana Luísa afirmam que a prova cobra o tipo dissertação, no qual exige argumentos para defender uma ideia. “Antes de começar seu texto, faça um projeto anotando os argumentos a serem usados e trazendo referências externas de livros, filmes, filósofos, fatores históricos, entre outros. Use também a língua culta, mas sem exageros, pois quanto mais difícil o vocabulário, maior a chance de cometer erros”, alegam as especialistas.