Chegar na Melhor Idade é uma dádiva. Estar bem de saúde, melhor ainda. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o Brasil já ultrapassa os 30 milhões de idosos e, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas acima de 60 anos deve dobrar até 2042. A projeção é que esta população atinja 57 milhões.
E para chegar bem e ter uma boa qualidade de vida? Você cuida da saúde? Com as estimativas, as cidades de modo geral precisam estar preparadas para atender a esse público. Outro fator de extrema necessidade é a valorização que deve continuar tendo dentro de casa, o que, muitas vezes, não acontece.
“Os idosos quando se tornam dependentes, são transferidos para o quarto dos fundos que, na maioria das vezes, é o mais frio da residência, onde começam a sentirem-se envergonhados, incapazes e, em seus sábios pensamentos, sentem que deixaram de produzir ou serem úteis e, desta forma, tornando-se um estorvo.
Inicia-se aí um sentimento de menos valia que progride a um quadro depressivo, levando-os ao uso de antidepressivos que, por vezes, culminam em tonturas, seguido do diagnóstico, por vezes errôneo, de portadores de “labirintite”. Antivertiginosos são prescritos e, com o decorrer do tempo, acabam por resultar em parkinsonismo (neste caso, tremor por uso crônico de alguns antivertiginosos), o que pode levar a quedas, seguidas de fraturas com limitações de movimentos, tornando-os acamados.
E desta forma, muitos familiares se tornam cuidadores e acabam por adoecer, diminuindo o rendimento nos seus trabalhos, prejudicando os empregadores e assim por diante em um ciclo que se repete ao longo de todos esses anos”, explica o médico Julian Legatzki.
O setor médico é um dos que deve estar atualizado e especializado para os atendimentos de possíveis doenças que possam surgir e, melhor ainda: preveni-las. É com essa proposta que o médico tem trilhado sua trajetória após a formação há sete anos. Agora, realiza o sonho de poder cuidar mais. “O Conceito Geronte iniciou-se em janeiro de 2012, com a então CABIIMP (Centro de Atenção Básica Integral ao Idoso e Medicina Preventiva), onde um médico recém-formado depara-se com o caos do atual Sistema Único de Saúde (SUS).
E ao sentir na pele suas falhas, relembra de um antigo mestre e amigo, o ‘Professor Dr. Wandercy Bergamo’, que sempre defendeu a verdadeira Medicina Preventiva e seus reais benefícios, fato este considerado irrelevante e esquecido por muitos”, relata.
O médico destaca que o CABIIMP se tornou ainda mais inovador e com novas abordagens, dando lugar à GERONTE, um centro especializado que carrega os mesmos valores, preceitos e amor com que foi planejado e elaborado anos atrás. O Centro Geronte foi inaugurado nessa quinta-feira (9), em Rio Claro, dando continuidade aos trabalhos já realizados “Vendo o estado atual do tratamento dado aos idosos e entendendo o impacto negativo dessa situação na nossa sociedade, eu me senti na obrigação de ajudar na mudança desse cenário.
O conhecimento que adquiri como médico me deu a certeza de que a maioria dos problemas enfrentados pelos idosos pode ser evitado através da medicina preventiva e tratamentos adequados.
Criei a Geronte para dar a eles mais qualidade de vida e, o mais importante: dar às pessoas de todas idades uma visão melhor de seu próprio futuro, tendo a certeza de que, com o acompanhamento adequado, todos nós poderemos viver mais e melhor”, afirma Legatzki.
O médico Julian Legatzki, em parceria com os profissionais Marília Gabrielle Gioppo, acupunturista, e Robson de Moraes, reflexologista, tem como prioridade no Centro encontrar as causas reais dos problemas de saúde do idoso, oferecendo alternativas eficientes de tratamento.
Questionado sobre quais tipos de cuidados devem ser oferecidos aos idosos de maneira geral, o médico é direto. “Eu poderia dar inúmeras respostas para essa pergunta, mas prefiro usar o espaço para salientar apenas um cuidado, que é o mais importante: jamais deixem os idosos de lado”, finaliza.