Robson Cândido também faz parte do Conselho Fiscal do Banco de Brasília (BRB). Ele é suplente da presidente do órgão, Kaline Gonzaga Costa.
A prisão preventiva do ex-delegado ocorreu a pedido dos promotores do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP/MPDFT), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e do Centro de Inteligência (CI).
O motivo é o suposto uso da estrutura da Polícia Civil para perseguir uma mulher com quem o então delegado-geral teve um relacionamento.
Segundo a investigação, a empresa COGNYTE foi utilizada por policiais para inserir ilegalmente o número de telefone da vítima em interceptação telefônica e ainda apura crime de tráfico de entorpecentes.
O objetivo era ter acesso a todos os passos da jovem de 25 anos, saber com quem ela falava e os lugares que frequentava.
Robson Cândido deixou o cargo de diretor em 2 de outubro, após ser denunciado pela esposa e por essa outra mulher, que alega ser sua ex-amante. Em seguida, ele se aposentou – o ato da aposentadoria do ex-diretor foi publicado no dia 17 de outubro.
O nome de Robson foi o primeiro colocado em uma lista tríplice feita por policiais e referendado em 2018 pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que manteve o delegado à frente da Polícia Civil ao ser reeleito para o governo de Brasília. Antes da direção da Polícia Civil, Robson Cândido chefiava a 11ª DP, no Núcleo Bandeirante.
Além da prisão do ex-delegado-geral, os promotores cumprem dois mandados de busca e apreensão. Um dos alvos é a 19ª Delegacia de Polícia (DP), de Ceilândia.
As investigações tiveram início a partir da notícia da exoneração de Robson Cândido. Segundo a apuração do Ministério Público, os investigados utilizaram a estrutura da própria Polícia Civil, como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos e carros oficiais, para os fins ilícitos.
O advogado Cleber Lopes, que representa Robson Cândido, informou que acompanha o caso, mas ainda não tem todas as informações. Ele vai entrar com pedido de habeas corpus para relaxamento da prisão nesta segunda-feira, quando encerrar o plantão do fim de semana, e o juiz natural da causa puder avaliar as argumentações da defesa.
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