O dono da Rápido São Paulo, João Carlos Kenji Chinen – preso pelo Gaeco na operação Passe Livre na tarde dessa terça-feira (19) -, foi transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Piracicaba na tarde da quarta-feira (20), onde aguarda decisão do Tribunal de Justiça sobre o pedido de Habeas Corpus, que pode garantir sua soltura.
A informação é do advogado de Chinen, Ariovaldo Vitzel Junior. “Ele continua detido e estamos aguardando o tribunal”, disse à reportagem.
Vitzel disse que a linha adotada pela defesa é a inocência do réu, já que pretendem negar a autoria sobre os apontamentos do Ministério Público.
Questionado sobre a possibilidade de pedir delação premiada para o acusado, o advogado foi enfático. “É uma decisão do João, mas não pensamos nisso ainda”, destaca.
OPERAÇÃO
A Operação Passe Livre foi deflagrada nessa terça-feira (19), em uma ação do Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), decorrente de investigação para apurar fraudes e corrupção em contratos de transporte público firmados entre 2013 e 2016 pelo município de Rio Claro e a empresa Rápido São Paulo Transportes e Serviços Ltda. Houve apuração ainda de atos de lavagem de dinheiro.
Tiveram prisão preventiva decretada João Carlos Kenji Chinen, sócio-proprietário da empresa Rápido São Paulo, e Fabio Luiz Queiroz, operador financeiro do empresário.
Em entrevista coletiva nessa quarta-feira (20), os promotores de Justiça do Gaeco de Piracicaba André Vitor de Freitas e Alexandre de Andrade Pereira reforçaram que mesmo sem ter sido preso, o ex-secretário de Finanças de Rio Claro, Japyr Pimentel, também é réu no processo. “Não foi preso, porque o pedido de prisão foi indeferido pelo Juiz, mas ele é réu e vai responder ao processo estando solto”, esclareceu o promotor André.