A aprovação em primeira discussão de projeto de lei que quer obrigar sessões de cinema adaptadas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) gerou discussão com a representante do grupo família Autista de Rio Claro.
De acordo com a presidente da entidade, Thais Lopes, a iniciativa é importante, mas não é prioritária. “Lógico que quanto mais conseguirmos, é melhor. Mas os vereadores estão no Legislativo para fiscalizar”, destaca.
A militante se refere às 50 crianças que aguardam a realização e fechamento de diagnóstico para serem encaminhadas aos grupos no Centro de Reabilitação Infantil Princesa Vitória (CHI).
Ela tomou como base a informação repassada pela secretaria de Saúde de Rio Claro em resposta a um requerimento da vereadora Maria do Carmo Guilherme (MDB).
“É mais fácil fazer um projeto de lei e prejudicar uma empresa privada do que eles fiscalizarem e fazer funcionar um serviço público que a gente tem”, critica.
PROJETO
Projeto de lei que obriga salas de cinema a realizarem sessões adaptadas para Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi aprovado em primeira discussão pela Câmara. O projeto define que as empresas de reprodução audiovisual, cinema e afins, são obrigadas a reservar no mínimo uma sessão mensal destinada a pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Estabelece ainda que, durante as sessões, as luzes devem estar levemente acesas e o volume reduzido. A iniciativa prevê ainda que as pessoas autistas e seus familiares poderão entrar e sair ao longo da exibição. Conforme a proposta, as sessões deverão ser identificadas com o símbolo mundial do TEA na entrada da sala de exibição e que elas serão amplamente divulgadas.
SECRETARIA
A secretaria de Saúde de Rio Claro informou em nota que está fazendo melhorias nos serviços oferecidos pelo Centro de Habilitação Infantil Princesa Victória. “Com as alterações, o CHI ficará mais adequado à Política Nacional de Atenção às Pessoas com Deficiência.
O foco será o atendimento multidisciplinar e o serviço também passará a ter conexão direta com a rede de Atenção Básica e a rede especializada. As providências para que as alterações sejam implantadas estão em andamento. O Conselho Gestor da unidade participa de forma ativa dos trabalhos de qualificação do CHI para o novo padrão de atendimento”, frisou no comunicado.