O presidente da Câmara de Rio Claro, vereador André Godoy (Democratas), recebeu na tarde dessa terça-feira (23), em seu gabinete, pelo menos 15 profissionais de Odontologia que atuam nas unidades do Programa de Saúde da Família.
“Esse encontro faz parte da articulação que tenho realizado para organizar as condições de trabalho de médicos, enfermeiros e dentistas que atuam na Fundação Municipal de Saúde. As conversas estão bem encaminhadas e creio que, em breve, resolveremos a maior parte dos problemas dessas categorias”, resume Godoy.
Liderado pelo presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), Wilson Chediek, o grupo apresentou a minuta de um projeto de lei complementar que estabelece diretrizes para a política de saúde bucal no município, além de instituir gratificação por desempenho e produtividade. “Não se trata apenas de questão salarial, mas de mostrar a importância do dentista para a qualidade de vida da população”, destacou Chediek.
“Também queremos que os gestores públicos tenham retorno do que investem. Por isso, defendemos um atendimento com o mesmo respeito e qualidade oferecidos aos pacientes particulares”, definiu o presidente da APCD.
André Godoy sugeriu aos integrantes da comitiva que elaborem um memorando com os principais pontos que defendem e encaminhem à Fundação Municipal de Saúde. “Essa foi a mesma orientação que apresentamos aos médicos. Acredito que é o melhor caminho para chegarmos a uma solução que atenda, ao mesmo tempo, os interesses dos trabalhadores envolvidos, da administração municipal e, principalmente, dos usuários dos serviços”, disse o vereador.
NO SINDICATO
Mais cedo, na manhã dessa terça-feira, os vereadores Maria do Carmo Guilherme (MDB), Hernani Leonhardt (MDB) e André Godoy estiveram reunidos no Sindicato dos Servidores Municipais (Sindimuni) com dirigentes sindicais e profissionais de saúde para tratar sobre os médicos das Unidades de Saúde da Família, que tiveram os salários reduzidos para o teto constitucional.
“Buscamos um consenso entre servidores e poder Executivo para que não haja o risco dos postos de saúde serem afetados”, declarou Leonhardt ao afirmar que o presidente da Casa de leis, Godoy, se comprometeu a levar sugestão de um decreto provisório para a secretária de Saúde, Maria Clélia Bauer.
REDUÇÃO
A redução salarial para que servidores da Fundação Municipal de Saúde (FMS) não recebam valores superiores a R$ 19.226,48 foi publicada no Diário Oficial Eletrônico (DO-e) no dia 28 de junho. Em maio, já havia sido publicada a obrigatoriedade do relógio ponto, que era feito de forma manual.
As medidas atendem recomendação do Ministério Publico, que pediu o redutor salarial devido a inquérito civil que averigua altos salários na fundação, e o correto registro de presença dos profissionais.