Quitar dívidas assumidas pela administração anterior vem sendo um dos compromissos da Prefeitura atual. Segundo o secretário municipal de Economia e Finanças, Gilmar Dietrich, em janeiro de 2017, a dívida herdada era superior a R$ 380 milhões.
Além das dificuldades herdadas, Dietrich destacou, em entrevista ao Diário do Rio Claro, que a arrecadação do município foi afetada com a crise econômica do país. “O momento de crise no país traz reflexos negativos severos para todo mundo. Os municípios são os mais afetados. De tudo o que se arrecada em impostos, pouco fica no município.
O orçamento municipal, hoje, tem sido suficiente apenas para os serviços que garantem a manutenção e funcionamento da cidade, como coleta de lixo, saúde e educação”, ressaltou.
Entretanto, o secretário apontou que apesar dos inúmeros obstáculos, em apenas dois anos já foram pagos aproximadamente R$ 90 milhões, correspondente a dívidas com fornecedores e redução de dívidas de longo prazo, contraídas em governos anteriores. Segundo Dietrich, em breve será iniciado o pagamento do financiamento feito na gestão anterior, “que permitiu a realização de importantes obras, como as que puseram fim às enchentes do Inocoop”, disse Dietrich.
O secretário destacou ainda que foi possível limpar o nome do município e ter de volta as certidões que permitem receber recursos através de financiamento para viabilizar obras e também a liberação de emendas parlamentares e assinaturas de convênios. “Rio Claro não pode ficar estagnada, precisa de novos investimentos, especialmente melhorias para os bairros da periferia, daí a importância do financiamento”, apontou o secretário.
Com a recuperação das certidões, o município agora voltou a ter crédito e a possibilidade de recorrer a financiamento, como explicou Dietrich, portanto, a Prefeitura pleiteia agora um novo financiamento para obras de grande porte. “A população não aguenta mais esperar por obras que acabem com a lama e a poeira nos bairros. A falta de asfalto em muitos bairros de Rio Claro é um problema que se arrasta há décadas.
Infelizmente, o orçamento do município é insuficiente para obras de grande porte em curto espaço de tempo. Sem recorrer a financiamento, a prefeitura não tem condições de pavimentar os bairros. Como o financiamento será feito para ser pago em dez anos, a prefeitura tem condições financeiras de assumir o financiamento, que é a única alternativa para investimentos de grande porte nos bairros da periferia”, argumentou.
Segundo o entrevistado, é importante que as pessoas se informem para terem uma visão ampla sobre o assunto, pensando sempre no que é melhor para a cidade. “Vale lembrar que a contribuição de melhoria, que é feita conforme a valorização do imóvel, será lançada apenas nos locais que receberem asfalto novo. Para os serviços de recapeamento, saúde e Daae, não haverá contribuição de melhoria”, concluiu.