Após quase uma década, Rio Claro tem de volta o Museu Histórico e Pedagógico “Amador Bueno da Veiga”, que durante esse tempo ficou fechado à visitação após o prédio ter sido praticamente todo destruído por incêndio em 2010. A reinauguração será na quinta-feira (29), às 19 horas.
“Assumimos o compromisso de finalizar a restauração e entregar essa obra, que vinha se arrastando por muitos anos”, relembra o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria. “Além de ser mais um problema herdado, o museu fechado era um grande prejuízo à cultura de Rio Claro, que tem no Museu Histórico uma de suas principais referências históricas e artísticas”, acrescenta.
De acordo com a secretária municipal de Cultura, Daniela Ferraz, a restauração do museu também significa a recuperação de um dos principais marcos urbanísticos de Rio Claro, uma vez que o casarão original, erguido há 156 anos na Avenida 2 entre ruas 6 e 7, e tombado desde 1963 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mantém no Centro Histórico da cidade um legítimo exemplar do estilo arquitetônico Oitocentista.
“A restauração preserva as características externas originais, enquanto que a parte interna foi toda modernizada, tornando o espaço mais adequado para receber o público e expor o acervo”, explica, informando que o museu ganhou nova concepção de uso, com salas de exposições físicas e itinerantes, teatro de arena e estrutura para apresentações artísticas. O Museu será reaberto com várias exposições e a Secretaria de Cultura está cuidando dos últimos detalhes para o evento de reinauguração. Nesta segunda-feira (26), o vereador Geraldo Voluntário acompanhou a entrega de vasos decorativos que conseguiu em doação da empresa Cacique Vasos Esmaltados.
O acervo preservado do Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga é constituído por mais de 20 mil peças, entre artefatos e impressos. Do total, cerca de quatro mil são tombados como patrimônio do governo estadual. Esse material precisou ser removido do prédio devido incêndio que atingiu o imóvel na noite de 21 de junho de 2010 e que, além do prédio, também destruiu parte do acervo. A restauração do imóvel teve início em 2012.
Homenagem
Construído pelo fazendeiro José Luís Borges, o Barão de Dourados em 1863, o museu recebe o nome de Amador Bueno da Veiga em homenagem aos bandeirantes que faziam parada às margens do Ribeirão Claro a caminho do Mato Grosso. Entre 1922 e 1963, quando o museu foi instalado no local, o prédio foi sede do colégio Minervino, Escola de Comércio, Instituto Joaquim Ribeiro e a junta de alistamento militar e do tiro de guerra.