A Prefeitura de Araraquara decretou lockdown no município pelos próximos 15 dias, por meio dos decretos 12.485 e 12.486. A medida tomada na sexta-feira (12) acontece após a confirmação de que as variantes do Reino Unido e Manaus estão circulando na cidade. Um dos principais pontos do decreto que passa a valer a partir de segunda-feira (15) é o que proíbe a circulação de veículos e de munícipes sem finalidade relativa à utilização ou à prestação dos serviços essenciais.
No decreto, os serviços essenciais são: alimentação (supermercados, hipermercados, açougues, padarias, feiras livres, cerealistas e congêneres), estabelecimentos de saúde animal, óticas (atendimento de um por vez) e atividades industriais. O decreto também determina o período máximo de funcionamento de serviços essenciais, será permitido até às 20h. As atividades de construção civil, incluídas as lojas de tintas e de materiais para construção estão proibidas.
O Instituto de Medicina Tropical, órgão vinculado à USP (Universidade de São Paulo), confirmou na sexta-feira (12) que cepas do coronavírus encontradas em Manaus (AM) e no Reino Unido foram identificadas em pacientes positivados para Covid-19 em Araraquara. A nova variante do vírus é mais transmissível e agressiva.
Nessa semana, o Sesa (Serviço Especial de Saúde de Araraquara) enviou amostras de pacientes araraquarenses para análise do instituto da USP, pois havia a suspeita de que uma nova cepa do vírus pudesse estar na cidade. Suspeita que agora foi confirmada.
Em transmissão ao vivo pelo Facebook, o prefeito Edinho comunicou a notícia para a população e afirmou que a Prefeitura tomará medidas mais duras para intensificar o isolamento social e diminuir o ritmo de contaminação.
Na sexta, Araraquara bateu novo recorde de pacientes internados (184), de pessoas infectadas em quarentena domiciliar (713) e de média móvel de casos diários (123,5). Fevereiro, em apenas 12 dias, já é o mês com o maior número de óbitos pela Covid-19, com 25 mortes, superando as 24 registradas em janeiro.
“Pelo histórico da pandemia desde março de 2020, nós estranhamos a velocidade das contaminações aqui em Araraquara e a agressividade do vírus, a forma como os pacientes evoluíam. Sabemos que houve um relaxamento do distanciamento social, muita gente viajou, muitas festas familiares de final de ano ocorreram, e tudo isso ajudou no processo de contaminação, mas a doença demonstrava uma característica diferente”, disse Edinho.
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