No final de semana, a ponte de Batovi, que tinha sido reinterditada pela prefeitura de Rio Claro para evitar acidentes, foi novamente aberta de forma irregular.
Informações iniciais apontam que um trator retirou os obstáculos de terra que tinham sido colocados na sexta-feira (10) pela prefeitura que, agora, estuda alternativas para evitar o trânsito no local, enquanto não levanta recursos para consertar a ponte. “Ao desobstruir a ponte, além de praticar uma ação irregular, a pessoa está colocando em risco a vida de outros, pois possibilita o trânsito numa ponte que não tem condições favoráveis para isto”, observa o secretário municipal de Obras, Paulo Roberto de Lima.
Rio Claro está buscando recursos para substituir a ponte de Batovi e também a do bairro rural do Quilombo. “Herdamos uma dívida superior a R$ 380 milhões, o que não permitiu atender demandas da comunidade, como é o caso dessas pontes”, observa o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria, que lembra, ainda, que o município, até o ano passado, não dispunha das certidões que permitem a busca de recursos externos.
As obras têm custos totais estimados em R$ 7 milhões. “Estamos fazendo um trabalho contínuo na busca de suporte financeiro nas outras instâncias de governo e pretendemos colocar uma previsão no orçamento municipal para realizar as obras, com expectativa de que ocorra aumento na arrecadação”, informa Juninho. O prefeito também informou que a prefeitura estuda projetos em madeira para barateamento dos custos, inicialmente orçados para obras em concreto. A deterioração das pontes de Batovi e do Quilombo é um problema herdado de administrações passadas. A ponte de Batovi de madeira é antiga, está condenada e interditada há seis anos.
Os custos de uma nova ponte de concreto giram em torno de R$ 5 milhões. Quem transita por aquela região pode usar, como alternativa à passagem obstruída, a Estrada Velha que liga o bairro Bonsucesso ao distrito de Batovi, ou a SP-191. Já a ponte do Quilombo está mobilizando não apenas a prefeitura de Rio Claro, como também a da vizinha Ipeúna.
Ambos os municípios trabalham em conjunto para levantar os recursos de cerca de R$ 2 milhões necessários à substituição da passagem. A ponte velha caiu em 2011 após um temporal e, desde então, está interditada. “Enquanto estamos trabalhando para conseguir as verbas necessárias para essas importantes obras, reforçamos a orientação para que os motoristas que circulam em ambas as regiões respeitem as interdições para evitar acidentes”, observa o secretário municipal, Paulo Roberto de Lima.