A morte do homem, de 56 anos, foi confirmada nesse domingo (28). Segundo informações de pessoas ligadas à família, no hospital foram avisados de que ele estaria com dengue hemorrágica. A vítima passou mal no domingo anterior, dia 21, e ficou internada até quarta-feira (24) na UPA do Cervezão, posteriormente transferida para a Santa Casa.
De acordo com as fontes, o homem tinha outro problema de saúde, o que comprometeu o quadro. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que as amostras coletadas do paciente foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, e aguarda resultado do exame.
Em relação à dengue hemorrágica, a Fundação de Saúde explicou que trata-se de agravamento do quadro de dengue, normalmente decorrente de condição de comorbidade apresentada pelo paciente. “A indicação para os casos suspeitos é hidratação e a procura por atendimento em unidade de saúde. O município tem realizado ações de combate à dengue, incluindo visitas casa a casa durante a semana e mutirões aos sábados. Vistorias em imóveis especiais, como escolas, e pontos estratégicos, como borracharias, também integram as ações”, informou a prefeitura.
Índice larvário aponta situação de alerta
Embora continuem permanentes as ações da Secretaria Municipal de Saúde no combate ao mosquito Aedes aegypti, Rio Claro continua em situação de alerta no que se refere aos criadouros do mosquito no município. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) divulgou nessa segunda-feira (29) a mais recente Análise de Densidade Larvária (ADL) registrada no município. Os números da análise feita em abril causam preocupação com a quantidade de criadouros existentes na cidade. A ADL apontou índice de 1.7. Com isso, Rio Claro permanece em situação de alerta.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, número menor que 1 é classificado como tolerável; de 1 a 3,9, situação de alerta; e superior a 4, risco de surto. Na análise anterior, realizada em janeiro, o índice apontou 1.6 em Rio Claro. O levantamento foi feito na primeira quinzena de abril, com a coleta de amostras em 2.500 residências em todas as regiões da cidade.
O boletim da Vigilância Epidemiológica registra até o momento 101 casos positivos de dengue neste ano de 2019. Desses, 12 são importados de outras cidades e 82 autóctones, ou seja, quando a doença foi contraída no município. “Foi constatado que o vírus tipo 2 da dengue voltou a circular no município”, alerta Diego Reis, gerente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Esse tipo do vírus não circulava no município desde 2012, o que reforça a importância dos cuidados para combater o mosquito transmissor.