O Diário do Rio Claro foi procurado por populares que questionam e desaprovam possíveis mudanças na Escola Agrícola Engº. Rubens Foot Guimarães, que foram apresentadas pela Secretaria de Educação e são propostas pela Secretaria de Agricultura. Segundo as informações passadas pela comunidade da Escola Agrícola, pessoas que preferem manter o nome em sigilo, a alteração pode afetar as aulas práticas dos alunos.
“O fato é que soubemos pela prefeitura e, após a decisão tomada sem a participação da escola, que uma parte do terreno escolar, onde se localizam a suinocultura, o pomar de limão, a área de pastagem, além de próxima ao meliponário, é cogitada para ser doada para a construção de um abatedouro de frangos caipiras, que será utilizado por uma empresa particular”, relataram.
De acordo com o grupo, a Secretaria de Educação teria apenas apresentado o projeto para a direção sem informar toda a comunidade escolar. A Escola Municipal Agrícola, como destacaram, possui um projeto pedagógico voltado à valorização da vida no campo, de forma permanente e sustentável, com uma metodologia de ensino mais humana e voltada para a autonomia do ser integral.
As disciplinas têm o seu planejamento anual democrático e organizado com a participação de toda a comunidade escolar, articulado com os setores da área de campo e, portanto, indo ao encontro das necessidades do pequeno produtor rural, público da escola.
Eles avaliam que por mais que a presença de um abatedouro na região seja de interesse dos pequenos pecuaristas cooperados, não há garantias de que uma empresa particular vá atender aos interesses do pequeno produtor, além do que seus filhos, que estudam na escola, serão prejudicados pela redução do espaço agropecuário e das atividades pedagógicas, sem falar do odor que será gerado pelo grande volume de resíduos produzidos oriundos do abate das aves, e do risco de contaminação do Córrego Cachoeirinha, prejuízo do meliponário e de áreas de preservação ambiental. “Se, por lei, esse tipo de construção deve ser distante da cidade, o que se dirá da proximidade de uma escola?”, questionam.
Prefeitura
Questionada, a prefeitura, por meio de nota, respondeu que a proposta foi cogitada, porém, não há nada definido, mesmo porque toda mudança na escola é discutida com a direção e o conselho escolar, afirmou.
Segundo apurou o Diário do Rio Claro, uma reunião deve ocorrer nesta sexta-feira (13) para apresentar a ideia ao Conselho.