Em seu segundo mandato, a vereador Carol Gomes (Cidadania) analisa a atual composição da Câmara como heterogênea, mais plural e representativa. “Vejo a atual Legislatura com o perfil mais diversificado, com pessoas que defendem pautas e bandeiras. Se isso é positivo ou negativo, vamos descobrir mais à frente. Porém, vejo a atuação da presidência como mais colaborativa, aberta ao debate, até por isso as sessões têm sido mais expositivas”, destaca a parlamentar que esteve no Diário do Rio Claro e comentou a importância de se ampliar a quantidade de sessões durante a semana. “Eu acho interesse começarmos a pensar sobre a realização de mais de uma sessão na semana, porque Rio Claro comporta essa situação. Vários requerimentos que acabam ficando para a outra semana, pois não tem tempo para o diálogo.”
Sobre sua atuação no legislativo, Carol diz que tem pautado suas ações e projetos pensando na saúde, porém projetando um cenário pós-pandemia, que exigirá empreendedorismo e inclusão. Nesse sentido, a vereadora elenca projetos apresentados para a educação, saúde e economia.
“Criamos a Frente Parlamentar de Desburocratização e Desenvolvimento, foi aprovada, e agora vamos marcar uma reunião com todos os empresário interessados para discutir programas de desburocratização, isenção de ITBI, ISS, o nosso ISS é um dos mais caros da região e isso precisa acabar”, reforça Carol, lembrando que outra solicitação sua foi atendida, com a criação da Sala do Empreendedor.
“A Sala foi uma das grandes conquistas, fizemos a solicitação no começo do ano para que fosse criado junto à Prefeitura, PAT, Sebrae um alguma forma de atendimento aos empresários e foram além com a Sala. Agora, é possível tirar MEI gratuitamente e de forma muito rápida e prática”, explica.
Outro projeto advindo de repasses do deputado federal Arnaldo Jardim, à pedido da vereadora, é o Projeto 4.0. Com investimento de R$200 mil para a instalação de equipamentos e realização de cursos voltados para a juventude com foco em tecnologia. “A ideia é construir uma incubadora de tecnologia, aproveitando para capacitar jovens em situação de vulnerabilidade, que poderão sair já com um emprego e diploma. É aproveitar essa geração Z que já são nativos digitais e estimular à criação de softwares e apps.”
Além da juventude, sendo a única representante mulher na Câmara, Carol também vem se engajando em projetos voltados às mulheres. “Está tramitando um projeto para que existam cotas para mulheres em vulnerabilidade nas vagas de trabalho do PAT e SINE, para que sejam direcionadas a mulheres em vulnerabilidade e violência doméstica, principalmente as com medidas protetivas.” Ainda para as mulheres, Carol propôs a minuta para um projeto de aluguel social, que não existe em Rio Claro.
Por fim, ainda pensando no pós-pandemia, Carol aprovou o PL que dispõe sobre ações contra a evasão escolar. “Temos muito receio no pós-pandemia sobre quantos alunos vão retornar ao ensino. Muitos já não voltaram ou fizeram matrículas este ano, então apontamos diretrizes para que não haja evasão. Inclusive o mesmo projeto foi apresentado por uma vereadora da capital paulista.”
SAÚDE
No setor de saúde, a vereadora lembra de sua luta para que as lactantes também fossem contempladas no plano de imunização, assim como, os moradores de rua. Ainda, a apresentou o projeto para penalizar quem furasse filas da vacina contra a Covid-19 e para quem escolhesse a vacina no momento da imunização. “O momento pede uma atenção à saúde e o foco é a vacinação da Covid, para que possamos pensar na volta à normalidade.”
Até o momento, a parlamentar já apresentou mais de 700 pedidos, entre requerimentos e indicações, a maior parte deles relacionada à iluminação pública, asfalto, limpeza urbana e saúde.
Atualmente, Carol foi uma das escolhidas para o Parlamento Regional e, durante a entrevista, ressaltou a importância de um deputado estadual e federa para representar o município. “Um exemplo da falta que faz um deputado em nossa cidade é o que estão fazendo com a Fundação Casa. O governo do estado está jogando os funcionários e os meninos atendidos. Se tivéssemos um representante teríamos uma voz para poder argumentar contra ações como essa.”
Por Vivian Guilherme / Foto: Diário do Rio Claro