O governador João Doria informou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30) novas definições sobre o Plano SP de combate ao coronavírus. De acordo com as informações, todas as regiões do Estado estão na Fase Amarela. Todas que estavam na Fase Verde regridem e as que estavam na Amarela permanecem.
Ao Diário do Rio Claro, o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho, informou que se reuniria, na tarde dessa segunda-feira (30), com a equipe da Saúde e departamento jurídico para definição de quais medidas serão adotadas pelo município. Com isso, a posição do município de Rio Claro em relação à decisão do governo estadual será anunciada nesta terça-feira (1º), após definição do comitê de enfrentamento da pandemia de Covid-19.
O prefeito ressaltou que Rio Claro, ao contrário dos demais municípios, tomou uma decisão acertada ao construir o hospital de campanha em um espaço fixo. “Diferente de outros hospitais de campanha que foram desmobilizados, o nosso é permanente. E acabada a pandemia, o hospital se tornará um Centro Hospitalar em parceria com o Claretiano Faculdade”, apontou.
Segundo Juninho, com essa decisão em manter o hospital de campanha em espaço permanente, o município se mantém com um número maior de leitos de UTI, uma das condições para a avaliação a situação das cidades conforme o Plano SP. Até essa segunda-feira (30), 40% do total de leitos estavam ocupados. “E para que esses leitos permaneçam vazios é importante a consciência de todos e do apoio no compromisso com a sua saúde, da sua família e da cidade”, concluiu Juninho.
ESTADO
A reclassificação, segundo o governador João Doria, acontece devido ao aumento das taxas de transmissão da covid-19 e nas internações no estado de São Paulo. O governo também mudará o tempo de análise e monitoramento do comportamento da transmissão no novo coronavírus, que passa a ser semanal e não de 28 em 28 dias.
Na fase Amarela os estabelecimentos funcionam com capacidade limitada a 40% da ocupação para todos os setores, com funcionamento limitado a dez horas por dia e até as 22h. Também ficam proibidos eventos com público em pé. Espaços culturais nos quais o público fique sentado com distanciamento social e controle de fluxo continuam funcionando. A nova reclassificação do Plano São Paulo será anunciada no dia 4 de janeiro.
COMÉRCIO
Entidade vê com preocupação o retrocesso no Plano São Paulo.
Na avaliação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC), a volta à Fase Amarela deve acentuar ainda mais os problemas financeiros de bares e restaurantes.
Para a Abrasel, não se trata de uma segunda onda da pandemia, mas “um repique transitório provocado por uma campanha política e feriados”. “Se, eventualmente, tinha que tomar esta medida, deveria ter tomado no primeiro turno e não esperado até hoje. Ele optou por favorecer a campanha ao invés de favorecer a vida ou a técnica.”
Desde março, quando o Estado entrou em Quarentena e os bares ficaram fechados por 141 dias, o setor contabilizou 4,2 mil estabelecimentos fechados e cerca de 15 mil vagas eliminadas somente da RMC. Parte dos bares e restaurantes que voltaram a operar foi obrigada a recorrer aos planos de apoio do governo federal para pagamento de salários e sobrevivência, que estão começando a ser pagos neste final de ano.
Na área de atuação da Abrasel RMC, desde o avanço à fase verde, em outubro, o setor vem operando com 50% a 60% do faturamento na comparação com o período pré-pandemia, em processo de retomada. Uma pesquisa realizada pela Abrasel nacional junto aos seus associados apontou que 53% das empresas que abriram suas portas ainda estão fazendo prejuízo. No Estado de São Paulo este número é pior ainda, com 65% das empresas funcionando com prejuízo.
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