A Polícia Civil do Estado de São Paulo prendeu em flagrante um homem acusado de manter ilegalmente diversas espécies de pássaros em sua residência, no município de Brotas. A denúncia anônima indicava que as aves seriam levadas ao Nordeste para comercialização, prática que configura crime ambiental.
No endereço investigado, localizado ao lado do número 110 da Rua Antonio Devair Pinheiro, os agentes encontraram mais de 60 pássaros, incluindo espécies como “Coleirinhas” e “Canários da Terra”, mantidos em condições precárias. Muitas gaiolas estavam espalhadas pela casa, com algumas localizadas até mesmo dentro do banheiro. Além disso, foram identificadas armadilhas usadas para capturar as aves e carcaças de pássaros no fundo de um dos viveiros, agravando as acusações de maus-tratos.
Durante a vistoria, dois viveiros chamaram a atenção: um abrigava cerca de 30 “Coleirinhas” e o outro, aproximadamente 30 “Canários da Terra”. O viveiro dos canários estava sem água, configurando maus-tratos conforme a Resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária. A equipe policial, em conjunto com uma médica veterinária do município e o Instituto de Criminalística, confirmou a situação crítica, reforçando a necessidade de medidas urgentes.
O acusado, que se apresentou como responsável pelos pássaros, não possuía nenhuma autorização dos órgãos competentes para manter as aves em cativeiro. Além disso, a investigação revelou que o local abrigava mais de 20 gaiolas, incluindo seis com casais de “Canários da Terra”, indicando uma operação estruturada para o comércio ilegal.
Consequências e desdobramentos
Após a análise dos fatos, o delegado responsável ratificou a prisão em flagrante do acusado, que foi encaminhado ao Setor Carcerário de Rio Claro. Todos os pássaros resgatados foram soltos na natureza, com exceção de um casal de “Azulão” e dois “Coleirinhas”, que estavam domesticados e foram entregues a uma instituição especializada.
A Polícia Civil destacou que ações como essa refletem o compromisso em combater o tráfico e os maus-tratos a animais, crimes que estão sujeitos a severas sanções conforme a legislação ambiental brasileira.
A operação também serve de alerta para a sociedade sobre a importância de denunciar práticas ilegais envolvendo a fauna silvestre, contribuindo para a preservação das espécies e o equilíbrio ambiental.
Foto: Polícia Civil
