Um caso de estupro foi registrado no sábado (19) pela Polícia Militar. A vítima, de 41 anos, residente em Santa Gertrudes, relatou aos Policiais Militares o crime e, segundo o registro da PM, ela indicou o nome e as características do acusado. Em posse das informações, os policias localizaram um indivíduo com as mesmas identificações e apresentou no Plantão Policial. O mesmo foi ouvido e liberado.
O Diário do Rio Claro solicitou à Delegacia Seccional esclarecimentos sobre o caso. Em nota, informou: “Foi apresentado no Plantão Policial por Policiais Militares de Santa Gertrudes um suspeito indicado pela vítima, sendo este ouvido, bem como os Policiais, a vítima e sua irmã, não sendo apresentada nenhuma testemunha do crime noticiado.
A vítima foi atendida pelo PS de Santa Gertrudes e depois pela Santa Casa de Rio Claro, não havendo conclusão de violência sexual até a presente data.
Isto posto, o único argumento em face do suspeito foi o depoimento da vítima, mas, inicialmente, a vítima indicou um outro indivíduo. Portanto, no Plantão Policial, não foram produzidas provas ‘incontestes’ em face do suspeito.
Não consta nos registros da Polícia Civil notícia de outros crimes desta natureza em face do suspeito.
A atribuição primordial da Polícia Civil é o esclarecimento de crimes. A prisão é mera consequência, mas esta só pode ser decretada quando presentes os requisitos inquestionáveis da materialidade e da autoria.
Oportuno frisar que a prisão é medida extremamente grave e para ser levada a efeito exige os requisitos mínimos legais, ausentes até esta data, no caso aqui noticiado.
O crime será investigado pela DDM local, com a ajuda da Polícia Civil de Santa Gertrudes, e que ao final poderá resultar na prisão de eventual autor nela indicado e provado.
A Seccional de Polícia de Rio Claro está à disposição para os esclarecimentos julgados necessários, seja à população em geral ou aos órgãos de imprensa, cumprindo ratificar que a prisão do suspeito na forma como foi apresentada seria abusiva, conduta esta que não se coaduna com a missão institucional da Polícia Civil de esclarecer os fatos e fazer justiça”, trouxe o comunicado na íntegra.
O CASO
O indivíduo, suspeito de estupro e roubo, foi preso pela Polícia Militar na noite de sábado (19), em um bar localizado no Parque Flórida. A prisão aconteceu após os policiais serem solicitados e ouvido o relato da vítima, que estava em atendimento à Santa Casa. Assim que receberam o chamado, os Policiais foram até o hospital e receberam as informações sobre o indivíduo e também de como aconteceu o crime. Em seguida, em posse das características do suspeito, iniciaram as buscas, conseguindo fazer a prisão do suspeito apontado como autor do crime.
Relato da vítima
A mulher precisou receber atendimento médico logo após ser violentada pelo indivíduo. No hospital, estava acompanhada pela irmã e conseguiu relatar aos policiais o crime que havia sofrido. A vítima citou o nome do acusado e contou que o mesmo, muito alterado e violento, a levou à força até uma casa, a estrangulou até que ficasse desacordada. Em dado momento, ficou consciente e percebeu que o indivíduo estava tirando suas vestes e a violentou sexualmente. Após entrar em luta corporal, o indivíduo a libertou e deixou a residência, subtraindo ainda o seu celular.
Os policiais constataram que a vítima apresentava escoriações no ombro e braço esquerdo. Após medicada, recebeu alta.
Ela informou que o autor do crime tinha pele branca, aproximadamente 1,65 cm de altura, olhos e cabelos castanhos, aparentando ter 24 anos de idade, e possuía uma tatuagem no peito. Após equipe tomar conhecimento das características físicas e do nome do autor do crime, e conforme registro de boletim de ocorrência da Polícia Militar, era sabido que, possivelmente, o mesmo indivíduo havia cometido o mesmo crime cerca de quatro meses antes, porém, uma outra vítima não prestou queixa.
O indivíduo já era conhecido pelos policiais e um homem com as mesmas características foi abordado pelos militares por volta das 22 horas de sábado (19), sendo reconhecido pela vítima como o autor do crime.
Foi dada voz de prisão, as partes foram conduzidas ao plantão policial, sendo ouvidas e liberadas, como já citado anteriormente.