Nessa sexta-feira (5), celebrou-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972. A data tem objetivo de colocar em foco os problemas ambientais e a importância da preservação dos recursos naturais.
Em 2020, o tema debatido refere-se à expressão “Pela Natureza”, definida pela ONU para dedicar e evidenciar questões ligadas a biodiversidade como forma de vida na terra. Trabalhando a temática, a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo está realizando a “Operação Meio Ambiente Mais Seguro”.
A ação, que teve início na quinta-feira (4) e foi até a noite dessa sexta-feira (5), contou com mais de 1,3 mil policiais militares, 450 viaturas terrestres e 40 náuticas, distribuídas nas unidades operacionais de São Paulo.
A operação teve como foco desenvolver o policiamento ambiental voltado à proteção dos recursos naturais, combatendo ainda mais ocorrências de queimadas, pesca predatória, desmatamento, garimpagem, caça e tráfico de animais silvestres, além do tráfico de drogas e o porte de arma de fogo ilegal.
Preservação
O Policiamento Ambiental é uma das unidades especializadas da Polícia Militar. Sendo responsável por garantir o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado para toda a população, da presente e das futuras gerações.
Formada por mais de 2,1 mil policiais, a PM Ambiental atua realizando ações de prevenção, repressão e educação com foco no meio ambiente em todo o Estado, resultando em aproximadamente 46,4 mil intervenções somente neste ano.
“A presença estatal ocorre por meio do policiamento ostensivo terrestre, náutico, marítimo e aéreo, com apoio de drone, monitoramento por satélite, inteligência policial e integração com outros órgãos, mas, especialmente, com a atuação de policiais militares que diuturnamente postam-se em defesa dessa nobre missão.”, destaca o comandante coronel PM Paulo Augusto Leite Motooka.
O trabalho operacional desenvolvido pelo Policiamento Ambiental, de janeiro a maio deste ano, resultou na apreensão de 69,2 toneladas de pescados da pesca ilegal, resgate de mais de 7,2 mil animais – mantidos em cativeiro ou em situação de maus-tratos –, 6,7 mil armadilhas localizadas, 355 armas aprendidas, além de 17 balões inteiros, 406 partes e materiais usados para a confecção clandestina.
Desmatamento
Outro fator que comprova a produtividade da unidade é o dado consolidado pelo Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica (2018-2019), que revela uma queda de 55% no desmatamento na região do estado de São Paulo.
“Pela magnitude das ações humanas é que o Policiamento Ambiental do Estado de São Paulo reforça o compromisso de bem servir os brasileiros de São Paulo, sobretudo “pela Defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana” priorizando a Segurança e Ordem Pública, e o Meio Ambiente ecologicamente equilibrado.”, conclui o comandante.
Operação Corta-Fogo
O Governo do Estado realiza anualmente a “Operação Corta-Fogo”, com objetivo de prevenir e combater incêndios florestais, que causam impactos negativos para a flora, fauna e população.
Entre os meses de junho a outubro, as ações são intensificadas devido ao período de estiagem, que aumentam este tipo de ocorrência. Denominada “fase vermelha”, o período tem como foco combater o fogo e a fiscalização repressiva, além da realização de campanhas preventivas.
“Um incêndio florestal é prejudicial sob todos os pontos de vista. Além de causar sérios danos para a fauna e a flora, poder gerar acidentes automobilísticos e prejudicar a qualidade do ar que respiramos”, lembra o diretor-geral do Instituto Florestal, Luis Alberto Bucci.
A ação é coordenada pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), com apoio do Policiamento Ambiental e do Corpo de Bombeiros, ambos subordinados a Polícia Militar, além da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo (FF) e o Instituto Florestal (IF).
Como resultado da operação, no ano de 2019 houve uma redução de 18% no número de ocorrências e de 16% na área afetada, em comparação ao ano anterior.
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