Não é novidade que muitas pessoas têm como principal companhia em casa um animal de estimação. Essa interação com eles é ainda mais importante, especialmente para os idosos que podem receber uma carga extra de ânimo através do convívio com cães e gatos.
De acordo com uma pesquisa publicada pelo National Center Biotechnology Information, dos Estados Unidos, pessoas da terceira idade que têm animais em casa reportam maior bem-estar físico e psicológico. Além disso, segundo a pesquisa, dois terços dos entrevistados consideraram os pets como seus ‘melhores amigos’ e a ‘razão pela qual se levantam de manhã’. Estudos também mostram que os animais podem ajudar a diminuir estresse, depressão, mau humor, insônia, falta de apetite e dores.
A médica-veterinária Cristiane Pizzuto, presidente da Comissão Técnica de Bem-estar Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), confirma que o pet é uma ótima forma de companhia. “Muitas vezes o pet acaba exercendo essa função de objetivar a vida do idoso quando ele está sem atividades, pois ele terá que cuidar do pet”, analisa.
Mútuos benefícios
Cristiane ressalta que a interação do animal com o humano é extremamente benéfica, tanto para o idoso quanto ao pet. “Essa relação desencadeia inúmeros processos fisiológicos, liberação de hormônios do prazer, que são essenciais em todas as faixas etárias, em especial na terceira idade. Poder proporcionar alegria ao idoso também gera impactos positivos à saúde do pet”, acrescenta.
Para o médico-veterinário Otávio Verlengia, da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, com os animais o idoso não se sente sozinho. “Há estudos que comprovam que só pelo gesto de passar a mão no animal já se consegue baixar a pressão, controlar o estresse, e melhorar o emocional”, pontua.
Como escolher o melhor pet para cada idoso
Primeiramente, é necessário avaliar as condições físicas e de mobilidade de cada idoso e o tempo que tem disponível, já que será responsável pelo animal. Também é preciso considerar cada tipo de pet, seu comportamento e suas necessidades físicas e psicológicas, para fazer uma boa escolha para ambos.
“Cães de grande porte são ótimas companhias, mas podem ser perigosos para os idosos, porque pulam, gostam de brincar e têm muita força, podendo causar quedas. Se for um idoso menos ativo, o ideal é optar por um animal que não exija muita atividade física”, avalia Otávio Verlengia.
Já para os idosos com maior mobilidade, Cristiane orienta conviver com uma raça mais ativa ou um animal mais jovem e que vai atender a essa energia que o idoso tem para gastar e auxiliará na interação social.